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Caso Marielle: Moro defende Bolsonaro e fala em 'fraude' para envolver nome do presidente

© AP Photo / Eraldo PeresPresidente do Brasil, Jair Bolsonaro, fala com ministro da Justiça, Sergio Moro, no Palácio do Planalto, Brasília, 17 de junho de 2019
Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, fala com ministro da Justiça, Sergio Moro, no Palácio do Planalto, Brasília, 17 de junho de 2019 - Sputnik Brasil
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O ministro da Justiça, Sergio Moro, defendeu nesta quinta-feira o presidente Jair Bolsonaro (PSL), cujo nome nas últimas semanas esteve vinculado ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do seu motorista, no Rio de Janeiro.
"Há 'um possível envolvimento fraudulento do nome do presidente", declarou Moro à rádio CBN. Para o ministro, o fato do porteiro do condomínio de Bolsonaro – e também de um dos suspeitos pela morte da vereadora em março de 2017 – ter mudado o seu depoimento, ao falar com a Polícia Federal, comprovaria isso.

Na visão de Moro, o momento seria para federalizar o caso Marielle – algo que a família dela se mostrou contrária, temendo que não passe de uma "operação abafa".

"Vendo esse novo episódio, em que se busca politizar a investigação indevidamente, a minha avaliação é que o melhor caminho para que possamos ter uma investigação exitosa é a federalização", pontuou o ministro da Justiça.

Ele relembrou que, durante as apurações conduzidas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, uma suposta testemunha acabou desviando o curso das investigações, o que teria, na sua opinião, indicado que há uma séria dificuldade de se chegar aos mandantes do crime contra a vereadora.

© Foto / Renan Olaz/CMRJMarielle Franco, vereadora pelo PSOL, assassinada na noite do dia 14 de março
Caso Marielle: Moro defende Bolsonaro e fala em 'fraude' para envolver nome do presidente - Sputnik Brasil
Marielle Franco, vereadora pelo PSOL, assassinada na noite do dia 14 de março
"Não é um demérito das autoridades estaduais, mas é uma avaliação objetiva de que o melhor para esse caso seja a federalização", acrescentou.

Na mesma entrevista, Moro ainda negou que tenha recebido um convite de Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça enquanto julgava casos relacionados ao PT na Operação Lava Jato – fato sugerido pelo ex-ministro Gustavo Bebianno no fim de semana –, admitindo apenas que o ministro da Economia, Paulo Guedes, apenas o sondou para saber como reagiria se fosse convidado.

O ministro ainda reforçou que o Congresso pode alterar o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) acerca das prisões após condenações em segunda instância, que espera que o pacote anticrime avance ao menos em uma das duas Casas até o fim de 2019, e preferiu colocar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que o criticou seguidamente desde que saiu da prisão, no passado.

"É muito fácil dizer que é perseguição política, difícil é explicar os fatos", completou.

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