O funcionário citou o nome do político em dois depoimentos sobre o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco. O porteiro pode ser acusado de obstrução à Justiça, falso testemunho e denunciação caluniosa, segundo G1.
Além disso, há um pedido para que seja investigado se ele teria infringido o artigo 26 da Lei de Segurança Nacional. A legislação prevê de 1 a 4 anos de prisão para quem calunia ou difama autoridades, como o presidente, imputando a elas fatos criminosos ou ofensivos à reputação.
O porteiro do condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, disse em depoimento para a Polícia Civil que Elcio Queiroz, um dos acusados da morte de Marielle e seu motorista, entrou no local e afirmou que iria para a casa 58, de Bolsonaro, que segundo o funcionário autorizou a entrada no espaço do ex-policial militar.
No entanto, ele se encaminhou para a residência de outro suspeito do assassinato da vereadora, o sargento reformado da PM Ronnie Lessa. Neste dia, o então deputado Bolsonaro se encontrava em Brasília, conforme registro da Câmara.
Moro assinou ofício pedindo abertura de inquérito
Segundo o MPF, perícia nos áudios da portaria mostram que quem autorizou o acesso de Elcio ao condomínio foi Lessa, portanto o porteiro estaria mentindo. Mas muitos especialistas criticaram a velocidade e a maneira como o exame do material foi feito.
O presidente chegou a afirmar que pegou os áudios da portaria para evitar adulteração. A oposição o acusou de obstrução da Justiça.
No último dia 30, o procurador-geral da República, Augusto Aras, encaminhou ao MPF ofício assinado pelo ministro Sergio Moro, que pedia a abertura de um inquérito para apurar se houve "tentativa de envolvimento indevido" do nome do presidente na investigação do caso Marielle.
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