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Incêndios na Amazônia diminuem em setembro, mas Bolsonaro apoia garimpeiros

© REUTERS / Bruno KellyÁrvores queimadas durante os incêndios florestais na Amazônia (imagem ilustrativa)
Árvores queimadas durante os incêndios florestais na Amazônia (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil
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O número de incêndios na Amazônia brasileira diminuiu muito em setembro, após o aumento alarmante em julho e agosto. No entanto, servidores disseram que a luta continua porque as autoridades seguem promovendo o desenvolvimento econômico em áreas naturais protegidas.

Os incêndios na Amazônia foram reduzidos em 35,5% em setembro em relação a agosto, com 19.925, segundo informações publicadas nesta terça-feira pelo site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil (INPE).

Dados oficiais de 1998 mostram que, historicamente, setembro tende a registrar mais incêndios do que agosto. O fogo é geralmente usado para desmantelar terras por grileiros e agricultores, bem como por madeireiros e garimpeiros que o fazem ilegalmente.

No entanto, em julho e agosto, algumas partes da Amazônia foram queimadas a uma taxa que não era vista desde 2010, alimentando preocupações internacionais sobre as mudanças climáticas.

Os cientistas disseram que a vasta floresta tropical é um reduto contra o aquecimento global, porque sua vegetação abundante absorve dióxido de carbono, um gás de efeito estufa. A umidade fornecida por suas árvores também afeta os padrões de chuva e o clima na América do Sul e além.

Uma onda de indignação em nível internacional fez com que o presidente brasileiro Jair Bolsonaro proibisse a queima de terras na Amazônia por 60 dias, além de enviar elementos de forças federais para ajudar a combater as chamas.

© Fotos Públicas / secom IbamaGrupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama realiza operação de combate a garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó, no estado do Pará, Brasil.Foto secom Ibama
Incêndios na Amazônia diminuem em setembro, mas Bolsonaro apoia garimpeiros - Sputnik Brasil
Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama realiza operação de combate a garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó, no estado do Pará, Brasil.Foto secom Ibama

Mas a região do Cerrado, uma enorme savana tropical, agora parece ser o lar da maioria dos incêndios, que aumentaram 76% em setembro em comparação a agosto.

Pressão pelos garimpos

Servidores estatais de algumas agências ambientais do Brasil informaram sentir uma pressão crescente de madeireiros e garimpeiros que realizam atividades ilegais, que foram impulsionados pela agenda em favor do desenvolvimento de Bolsonaro.

O presidente declarou em várias ocasiões que deseja promover o desenvolvimento econômico da Amazônia e regularizar a mineração em pequena escala, conhecida como garimpo. Ele também criticou o trabalho dos órgãos ambientais estaduais.

"Eu tenho que cumprir a lei", disse Bolsonaro a uma pequena multidão de garimpeiros ilegais reunidos do lado de fora do Palácio do Planalto, em Brasília, onde se encontrou nesta terça-feira com representantes de garimpos e seu ministro de Minas e Energia.

Bolsonaro mencionou que, se conseguir encontrar uma estrutura legal para isso, poderá enviar elementos das forças do país para o estado do Pará para ajudar os garimpeiros a realizar suas atividades.

"O interesse na Amazônia não é pelos povos indígenas ou pelas árvores, é pelos minerais", afirmou Bolsonaro, mais uma vez criticando os países que intervieram no que ele considera uma questão nacional.

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