Desde abril do ano passado, Lula se encontra preso em uma sala especial da Superintendência da Polícia Federal (PF) na capital paranaense, onde cumpre pena por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Mas, nesta quarta-feira, um juiz estadual de São Paulo determinou que o ex-chefe de Estado fosse levado para a Penitenciária 2 de Tremembé, após uma autorização da Justiça Federal do Paraná. Indignados com a decisão, os advogados do político recorreram à corte máxima.
Ao receber os pedidos feitos pela defesa de Lula, o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo, concedeu a relatoria do caso a Fachin, que negou uma solicitação de liberdade mas determinou que o ex-presidente fosse mantido em Curitiba, decisão que foi levada a plenário.
Antes do veredicto do STF, parlamentares de diferentes partidos e correntes se mobilizaram em defesa dos direitos e garantias de Lula, denunciando o que eles consideram uma perseguição política.
— Natália Bonavides (@natbonavides) August 7, 2019
Segundo o Partido dos Trabalhadores, qualquer transferência do ex-presidente só poderia ser feita após o STF decidir sobre o habeas corpus que demanda anulação do julgamento por suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, responsável pela condenação de Lula em primeira instância. Mas, de acordo com o recurso apresentado pela defesa, caso a transferência não pudesse ser suspensa, ela deveria ser para uma sala de Estado-Maior, devido a prerrogativas das quais Lula goza na qualidade de ex-presidente da República.
O placar final da votação no Supremo foi de 10 votos favoráveis à permanência de Lula em Curitiba e 1 a favor de sua transferência para São Paulo.
Ao pressionar o botão "Publicar", você concorda expressamente com o processamento de dados da sua conta no Facebook para permitir que você comente notícias no nosso site usando essa conta. Você pode consultar a descrição detalhada do processo de processamento na Política de Privacidade.
Você pode cancelar seu consentimento removendo todos os comentários publicados.
Todos os comentários
Mostrar comentários novos (0)
em resposta a(Mostrar comentárioEsconder comentário)