"Eles querem me tirar da parada? Tiraram. Eu vou ficar quietinho agora, não me meto mais na política brasileira. O Brasil escolheu o seu caminho. Escolheu confiar em pessoas que não merecem a sua confiança e agora vai se danar", explicou Carvalho em uma entrevista ao site Crítica Nacional, de viés direitista.
Durante a conversa, o guru de Bolsonaro destacou que participar do debate político nacional tornou-se "insustentável", citando como parte do seu argumento um desafeto pessoal seu: o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência.
"O que eu estou fazendo, estou decidindo hoje, é me ausentar temporariamente do debate político nacional, do dia a dia, das miudezas das política, porque se tornou uma coisa absolutamente insustentável. Tamparam minha boca. Não tem problema. Vocês se virem aí, fiquem com o Santos Cruz", afirmou.
Radicado no estado da Virgínia, nos EUA, Carvalho voltou a dizer que não tem qualquer influência sobre qualquer ala do governo Bolsonaro — embora seja constantemente elogiado pelo presidente e seus filhos, e tenha sido consultado para indicar ministros, como o atual chanceler Ernesto Araújo.
"Quem sou eu nessa história toda? Esse grupo olavista jamais existiu. Não existe nada disso. A minha influência é a influência de escritor sobre um público difuso que não tem nenhum contato entre si. Não há organização, não há diálogo, não há membros. O Brasil está vivendo embaixo de uma alucinação, isso virou uma palhaçada", pontuou.
Por enquanto, o intelectual parece seguir a sua promessa, já que suas contas no Twitter e no Facebook (esta verificada) não foram atualizadas desde o dia 13 deste mês.
Contudo, não há qualquer indicativo de que ele tenha perdido prestígio junto ao Palácio do Planalto. Apesar de suas trocas de farpas contra o núcleo militar do governo — ele ofendeu diretamente, além de Santos Cruz, o vice-presidente Antônio Hamilton Mourão e o ex-comandante do Exército Eduardo Vills Bôas —, Carvalho foi condecorado no início deste mês com o grau máximo da Ordem Nacional de Rio Branco, de Grã-Cruz, indicado para autoridades de alta hierarquia.
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