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Após confusão e impasse, eleição para presidência do Senado é adiada

© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilSenadora Kátia Abreu tirou da Mesa a pasta com o roteiro de condução da sessão do senador Davi Alcolumbre que preside a votação para escolha do novo presidente do Senado.
Senadora Kátia Abreu tirou da Mesa a pasta com o roteiro de condução da sessão do senador Davi Alcolumbre que preside a votação para escolha do novo presidente do Senado. - Sputnik Brasil
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Após longa sessão repleta de confusões, a eleição para a presidência do Senado foi adiada para as 11h do sábado (2). Presidida por um dos prováveis candidatos à liderança da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a sessão teve tumultos, troca de insultos entre os senadores que divergiam sobre o voto aberto e sobre a presidência de Alcolumbre na sessão.

A sessão desta sexta-feira (1), logo após a posse dos senadores, pretendia eleger o presidente da Casa pelo biênio 2019-2020. O principal candidato à cadeira era o veterano Renan Calheiros (MDB-AL). Considerado um símbolo da "velha política", Calheiros tinha em torno de sua candidatura uma polêmica utilizada por opositores para articular uma votação aberta para a presidência do Senado. O presidente da sessão chegou a realizar uma votação nesse sentido, em que o voto aberto venceu por 50 votos a 2.

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Daí em diante, intensificaram-se os tumultos em torno da legitimidade de Alcolumbre para presidir a sessão. Uma ala defendia que o candidato não podeira ser presidente da sessão do Senado por conflitos de interesse e com o regimento do Senado, uma vez que ele seria um dos candidatos à presidência do Senado, ameaçando o favoritismo de Calheiros.

Em um dos momentos de maior tensão durante a sessão, a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) foi até a mesa do presidente da sessão e lhe tomou a pasta onde constavam as questões de ordem pendentes. Ela e outros senadores contestavam a legitimidade de Alcolumbre para presidir a sessão.

Indignado com os gritos e com a confusão, o senador senador Jayme Campos (DEM-MT) comparou a cena com uma "briga de lavadeiras em beira de córrego". O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) também fez comparações jocosas, dizendo que aquilo estava pior que um "Boca Júniors x River Plate", referindo-se ao maior clássico do futebol argentino, conhecido pela tensão em campo e entre as torcidas.

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A senadora Kátia Abreu permaneceu ao lado do presidente ao longo da sessão e chegou a ser tratada por Renan Calheiros (MDB-AL) como estando na presidência dos trabalhos. A sessão foi suspensa após votação simbólica em que os senadores presentes decidiram adiar a discussão para a manhã do sábado (2).

Como parte do acordo firmado após as propostas apresentadas pelos senadores, a sessão será retomada com a presidência de José Maranhão (MDB-PB), sob a promessa de permanência da votação aberta.

Nesta sexta-feira (31), correu normalmente a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, vencida pela terceira vez consecutiva pelo deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ).

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