A Defensoria Pública disse ter recebido notícias de abordagens indevidas das vítimas por advogados que vieram de Goiás ou de São Paulo com objetivo de cobrança posterior dos serviços. Esses profissionais estariam se apresentando como advogados dativos (que não pertencem à Defensoria Pública, mas exercem o papel de defensores públicos de forma voluntária, ou com ajuda do Estado). No entanto, nem todos seriam de fato dativos e, no final do trabalo, alguns poderiam vir a cobrar honorários.
"A nossa função é esclarecer que a Defensoria, seja da União, ou a estadual, vai fazer o atendimento gratuito das pessoas aqui. Atendimento gratuito, especializado e já com a experiência de atuação em Mariana", disse Diego de Oliveira Silva, Defensor Público Chefe de Minas Gerais.
"A população carente, aquela que não pode pagar advogados, certamente vai poder contar com o serviço da Defensoria Pública", garantiu o defensor.
Segundo ele, serão instaurados processos por danos morais e danos materias, sem contar a assistência emergencial.
"Em uma situação de vulnerabilidade extrema, como a se põe em Brumadinho, a Defensoria Pública acaba sendo mais demandada, porque as pessoas perderam tudo", acrescentou ele.