A mobilização da categoria acontece via grupos de WhatsApp e tem como objetivo manifestar a insatisfação com o descumprimento do piso mínimo do frete. As informações foram divulgadas pelo site da revista Veja nesta terça-feira (4/12).
No entanto, apesar dos rumores, o criador do Blog do Caminhoneiro, Rafael Brusque Toporovicz, descarta a hipótese. Segundo ele, o governo Bolsonaro se mantém atento às reivindicações dos caminhoneiros e, com isso, categoria não cogita ainda uma mobilização.
"Por conta desse dialogo, a possibilidade de uma greve agora está sendo descartada. Não está havendo nenhuma movimentação para uma paralisação imediata agora ou em fevereiro", explicou em entrevista à Sputnik Brasil.
Outro aspecto destacado por Rafael Brusque Toporovicz é o momento político e a alta da safra.
Mesmo com a hipótese descartada, os caminhoneiros brasileiros ainda sofrem com as mesmas dificuldades que enfrentavam antes da greve de 2018. A principal delas é o subsídio ao diesel e o preço do frete.
Para encerrar a paralisação, o governo do então presidente Michel Temer ofereceu um subsídio de R$ 0,46 por litro de diesel. Mas o pagamento se encerrou no dia 31 de dezembro de 2018.
"O novo governo não renovou [o subsídio] até por conta o valor do diesel ter baixado no mercado internacional", comentou Rafael Brusque Toporovicz.
Outra questão é o tabelamento do preço do frete também instaurado pelo governo do então presidente Michel Temer.
Algumas empresas têm conseguido liminares na Justiça que barraram o tabelamento por não respeitar o "livre mercado".
"Está em tramitação no STF o processo a respeito da constitucionalidade da tabela de frete. Até sair essa definição ainda dá muita margem para a Justiça dar muita decisão em favor das empresas", completou Rafael Brusque Toporovicz.