O pedido que questiona a indicação de Antônio Hamilton Rossell Mourão foi protocolada na Comissão de Ética Pública.
De acordo com o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, a nomeação do filho do vice-presidente para um cargo de confiança não foi apenas inadequada ou extemporânea.
"A nomeação fere princípios que devem orientar a administração pública. Diante da indignação popular com a nomeação, o governo deveria voltar atrás. Sem isso, não nos resta alternativa senão provocar a Comissão de Ética Pública da Presidência da República", declarou.
Funcionário de carreira do BB há 18 anos, Rossell Mourão foi promovido pelo novo presidente do banco, Rubem Novaes. Isso fez com que o seu salário triplicasse – de R$ 12 mil mensais para R$ 36 mil. A indicação causou mal-estar até dentro do governo do presidente Jair Bolsonaro.
Na sua representação, o PSOL se baseia no decreto no 7203/2010, que trata sobre o nepotismo, e dispõe que, no âmbito de cada órgão e de cada entidade, são vedadas as nomeações, contratações ou designações de familiar de Ministro de Estado, familiar da máxima autoridade administrativa correspondente ou, ainda, familiar de ocupante de cargo em comissão ou função de confiança de direção, chefia ou assessoramento, para cargo em comissão ou função de confiança.
Diante da polêmica, o vice-presidente Hamilton Mourão defendeu a indicação do filho, que considerou meritória. Em entrevista à revista Piauí, ele revelou que o filho chegou em pensar em desistir, porém foi demovido pelo vice de Bolsonaro.
"Eu disse pra ele: 'Não, meu filho, isso aí é mérito seu e acabou, pô' […]. Falei pra ele que não, negativo. 'Isso é uma coisa que é sua, lhe pertence, e acabou'. Não tem nada demais isso aí", comentou Mourão à publicação.
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