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Eleitores de Bolsonaro preparam caravanas para posse que deve reunir 500 mil pessoas

© REUTERS / Pilar OlivaresPartidários de Jair Bolsonaro, presidente eleito do Partido Social Liberal (PSL), comemoram durante segundo turno das eleições, no Rio de Janeiro, Brasil, em 28 de outubro de 2018
Partidários de Jair Bolsonaro, presidente eleito do Partido Social Liberal (PSL), comemoram durante segundo turno das eleições, no Rio de Janeiro, Brasil, em 28 de outubro de 2018 - Sputnik Brasil
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Brasília já se prepara para a posse do 38º presidente do Brasil, Jair Bolsonaro no dia 1º de janeiro e eleitores do pesselista se organizam para acompanhar a cerimônia que, de acordo com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), deve reunir cerca de 500 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios.

Com esquema de segurança reforçado, a posse de Bolsonaro está trazendo frutos ao setor hoteleiro da capital federal. A ocupação dos hotéis deve chegar a 80%, frente aos 20% nos meses de janeiro "comuns" na cidade. Se cumprido o número de eleitores esperados para a posse do novo presidente, o público será consideravelmente maior que o que acompanhou a posse do ex-presidente Lula em 2003: na ocasião, a polícia estimou a participação de 200 mil pessoas.

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Um dos organizadores das dezenas de caravanas esperadas em Brasília é o comerciante e idealizador do Movimento Direita São Gonçalo, Ronan Guimarães. Em entrevista à Sputnik Brasil, ele contou ter lotado com facilidade o ônibus de 56 lugares que cruzará 16 horas de estrada rumo à capital federal. O público é formado majoritariamente por mulheres. Para o comerciante, o evento "é um momento especial, de transição da política nacional e o Jair Bolsonaro simboliza isso".

"Não é uma posse qualquer, nós estamos fazendo uma transição de característica política, mudando tudo, saindo da esquerda, indo para a direita e pode ser o momento de crescimento do país. É por isso que estamos fazendo este sacrifício, deixando nossa família em casa, abrindo mão das festas para estar na estrada e participar da posse do presidente", afirma.

Ronan vai levar a mulher e os dois filhos — de 1 e 7 anos de idade — para o evento. Ele espera participar de uma "grande festa não de eleitores, mas da família" e diz que o grupo está "muito animado, respeitando as leis como deve ser, mas muito mobilizado".

Mais distante ainda do Distrito Federal está o presidente do PSL Jovem de Pernambuco, Wilker Cavalcante. O eleitor de Bolsonaro também organizou uma excursão com 50 pessoas, a maioria de jovens entre 18 e 30 anos, para a posse. O grupo sai de Olinda no dia 29 e deve enfrentar em torno de 45 horas de viagem até a capital. A expectativa é chegar em Brasília horas antes da virada do ano, um sacrifício que o jovem diz valer a pena.

"Vai ser um prazer participar de um marco na história. Primeiro foi a eleição do nosso presidente e agora a posse. Talvez seja o ponto alto de um aprendizado constante dos nossos jovens, que com pensamento crítico, entenderam que era a melhor solução para o país". 

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Esquema de segurança reforçado

Por causa do ataque a Jair Bolsonaro ainda nas eleições, não está claro se o presidente eleito desfilará ou não no tradicional Rolls Royce aberto, como é tradição. A expectativa é que 8 mil homens das Forças Armadas e das Polícias Civil e Militar estejam mobilizados para fazer a segurança do perímetro, o dobro do número registrado na posse de Dilma Rousseff em 2014.

Também por questão de segurança, estão proibidos o uso de guarda-chuvas, bolsas, mochilas, garrafas, sprays, apontadores laser, máscaras, drones, objetos cortantes, carrinhos de bebê e animais de estimação. Os shows da dupla Zezé di Camargo & Luciano e do cantor Eduardo Costa — previstos anteriormente — foram cancelados.

A cerimônia também deve ser acompanhada por vários chefes de Estado como o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez e os premiês de Israel, Benjamin Netanyahu e da Hungria, Viktor Orbán, além do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.

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