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Lula publica artigo no New York Times: 'eu quero democracia, não impunidade'

© AP Photo / Andre PennerFormer Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva speaks during a meeting with the executive members of the Workers Party, in Sao Paulo, Brazil, Thursday, Jan. 25, 2018
Former Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva speaks during a meeting with the executive members of the Workers Party, in Sao Paulo, Brazil, Thursday, Jan. 25, 2018 - Sputnik Brasil
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou um artigo no New York Times nesta terça-feira (14) em que defende a sua candidatura nas eleições e culpa as "forças de direita" pela sua condenação.

"Eu não peço para estar acima da lei, mas um julgamento deve ser justo e imparcial. Essas forças de direita me condenaram, me prenderam, ignoraram a esmagadora evidência de minha inocência e me negaram habeas corpus apenas para tentar me impedir de concorrer à Presidência. Eu peço respeito pela democracia. Se eles querem me derrotar de verdade, façam nas eleições", escreveu Lula da prisão para o jornal norte-americano.  

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De acordo com o artigo do petista, intitulado "eu quero democracia, não impunidade", seu encarceramento "foi a última fase de um golpe em câmera lenta destinado a marginalizar permanentemente as forças progressistas no Brasil". 

"Com todas as pesquisas mostrando que eu venceria facilmente as eleições de outubro, a extrema direita do Brasil está tentando me tirar da disputa. Minha condenação e prisão são baseadas somente no testemunho de uma pessoa cuja própria sentença foi reduzida em troca do que ele disse contra mim. Em outras palavras, era do seu interesse pessoal dizer às autoridades o que elas queriam ouvir", argumenta o ex-presidente. 

O ex-presidente também destacou que o juiz Sérgio Moro e sua equipe de promotores "criaram um show" para a mídia ao levarem Lula para depor à força.  

"Os conservadores do Brasil estão trabalhando muito para reverter o progresso dos governos do Partido dos Trabalhadores, e eles estão determinados a nos impedir de voltar ao cargo no futuro próximo. Seu aliado nesse esforço é o juiz Sérgio Moro e sua equipe de promotores, que recorreram a gravações e vazamentos de conversas telefônicas particulares que tive com minha família e com meu advogado, incluindo um grampo ilegal", disse.

"Segundo a Constituição brasileira, o poder vem do povo, que elege seus representantes. Então deixe o povo brasileiro decidir. Eu tenho fé que a justiça prevalecerá, mas o tempo está correndo contra a democracia", completa o artigo. 

Lula está preso desde 7 de abril, na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, em função de sua condenação a 12 anos de prisão na ação penal do caso do tríplex do Guarujá (SP). Para o PT, como pré-candidato, Lula tem direito de participar do debate.

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