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50 ararinhas-azuis serão trazidas de volta ao Brasil e soltas na natureza

CC0 / Wikimedia Commons / Arara azul
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O Brasil fechou uma parceria com a Alemanha e com a Bélgica para repatriar 50 ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii), extinta na natureza há quase duas décadas. Elas serão enviadas ao sertão baiano a partir de 2019.

O acordo foi assinado neste último domingo (24) pelo ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, com organizações conservacionistas da Bélgica (Pairi Daiza Foundation) e da Alemanha (Association for the Conservation of Threatened Parrots), durante uma reunião na Bélgica, local onde se encontram quatro das 158 ararinhas-azuis existentes no planeta, todas elas em cativeiro.

A Sputnik Brasil entrou em contato com David Zee, engenheiro florestal, ambientalista e professor da UERJ, que comemorou a decisão.

"É uma ação muito educativa para a sociedade brasileira e sociedade mundial, hoje o homem entendeu que a sobrevivência do homem depende também da sobrevivência conjunta e paralela do meio ambiente, a ararinha azul é um símbolo de como o meio ambiente foi prejudicado nos últimos anos em termos de ocupação", afirmou.

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Para que os animais sejam recebidos no país, a ACTP e o Pairi Daiza vão construir um centro de reintrodução da espécie no município de Curaçá (BA), na unidade de conservação criada neste mês pelo governo brasileiro. As primeiras solturas das ararinhas deverão ser feitas no primeiro trimestre de 2019, quando o centro já estará pronto.

"Esse processo de soltura tem que ser gradual, elas precisam se aclimatar ao Brasil e pouco a pouco elas podem ir sendo soltas nessa área de proteção ambiental", disse David Zee.

As 50 aves que vão voltar ao Brasil estão sob guarda da Associação para a Conservação de Papagaios Ameaçados (ACTP), uma associação privada que hoje mantém 90% das ararinhas-azuis em cativeiro do mundo.

"Essa participação conjunta é muito importante para que os povos entendam que cada um tenha que dar o seu melhor para que a gente mantenha a natureza viva e que a natureza viva representa a sobrevivência dos povos no planeta", concluiu.

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