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'Privacidade dos cidadãos' é grande incógnita do Fórum de Segurança Brasil-EUA

© REUTERS / Kevin LamarqueTrump e Temer
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Na quarta-feira (23), o vice-secretário de Estado dos EUA, John J. Sullivan, anunciou o lançamento do Fórum de Segurança Brasil-Estados Unidos. A Sputnik Brasil consultou um pesquisador sobre o que pretende o Fórum e o que os brasileiros devem esperar de seus resultados.

O anúncio foi realizado ao lado do secretário-geral de Relações Exteriores do Brasil, Marcos Galvão. O foco principal do Fórum é a luta contra o crime internacional. As discussões devem se amnter em seis eixos: o tráfico de drogas e armas; crimes cibernéticos; lavagem de dinheiro e crimes financeiros; e terrorismo

Para o pesquisador Marcus Vinicius Freitas, a iniciativa do Fórum enquanto espaço de trocas de tecnologias e processos é algo positivo. Ele, no entanto, apresenta uma ressalva.

"A grande questão, por detrás, no entanto, é se nessa forma de atuar, o quanto a privacidade dos seus cidadãos será mantida. É uma questão única pendente, mas a ideia é muito boa" afirma o professor de Relações Internacionais da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).

A criação do Fórum de Segurança começou a ser discutida ainda em 2015, durante o governo de Dilma Rousseff. Porém, a iniciativa foi interrompida após as revelações de espionagem do governo dos EUA sobre o Brasil.

"É preciso se estabelecer um marco regulatório a respeito da privacidade dos cidadãos na transferências de informaçõe, e é normal que isso aconteça. Mas hoje em dia nós sabemos que o monitoramento é essencial", pontua Marcus Vinicius.

Apesar de pontuar a importância da colaboração entre os países no monitoramento para a segurança, o pesquisador mantém a posição de que os cidadãos têm o direito a garantias de que suas informações não sejam utilizadas de forma "equivocada".

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O pesquisador também lembrou que o Brasil não é um foco do terrorismo internacional, mas que tem áreas sensíveis como a tríplice fronteira, com Paraguai e Argentina, que poderia se beneficiar de maior estrutura de segurança na coerção ao tráfico de drogas.

De antemão, o governo dos EUA anunciou que o Fórum seria uma oportunidade bilateral que teria como um de seus principais temas a crise da Venezuela.

O Fórum será coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil em conjunto com o Departamento de Estado dos EUA. A 1ª reunião do Fórum deve ocorrer no final de 2018.

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