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Eleições 2018: aliança entre Alckmin e Temer passa por garantir cargo ao atual presidente

© Foto / Beto Barata/PREx-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao lado do presidente Michel Temer
Ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao lado do presidente Michel Temer - Sputnik Brasil
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Oficialmente, ambos os lados negam. Mas as tratativas para alianças a cinco meses das eleições presidenciais brasileiras entre o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o presidente Michel Temer (MDB) continuam, e passam por pontos polêmicos.

Um dos pontos considerados fundamentais para que o acordo saia do papel seria Alckmin garantir a Temer um cargo, caso vença o pleito em outubro. É o que informa o jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira, indicando que o emedebista poderia se tornar embaixador.

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Contudo, diante dos números pouco otimistas demonstrados por Alckmin nas pesquisas de intenção de voto, uma outra saída defendida pelos aliados do tucano seria garantir a Temer um posto no governo de São Paulo, caso um dos dois pré-candidatos aliados do tucano – João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB) – garantam a vitória rumo ao Palácio dos Bandeirantes.

O que todas as proposições visam é garantir foro privilegiado ao atual presidente do Brasil. Tão logo deixe a Presidência da República, Temer terá de responder a duas denúncias que foram paralisadas pela Câmara dos Deputados – que tinha a prerrogativa de autorizar o prosseguimento – no ano passado.

Sem foro privilegiado, Temer pode ver as duas denúncias contra ele – baseadas na delação premiada da JBS – serem enviadas para instâncias inferiores, aumentando as suas chances de ser preso. Há ainda outras duas investigações em andamento, no caso dos portos e do quadrilhão do MDB, que podem render problemas ao emedebista.

De acordo com a Folha, advogados amigos do atual presidente não descartam que Temer possa ser alvo de busca e apreensão, ou ainda ser preso, tão logo perca o foro privilegiado. Oficialmente, o emedebista se diz vítima de uma perseguição e que não teme nada.

O MDB ainda não definiu se lançará candidato à Presidência da República – algo que não ocorre desde 1994, com o ex-governador paulista Orestes Quércia. Com uma reprovação recorde acima de 70%, Temer dificilmente teria condições de se candidatar à reeleição, e há muito ceticismo em torno de uma candidatura do ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

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Há hoje uma pressão de caciques e senadores do MDB para que o partido opte pelo apoio a alguma candidatura mais próxima ao governo – além de Alckmin, surge a possibilidade de formar aliança com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) –, liberando as alianças estaduais.

Com a necessidade de oficialização das chapas apenas em agosto, as conversações devem prosseguir, e as candidaturas devem ganhar corpo entre junho e julho. Em comum, todos os partidos estão interessados em tempo de televisão e recursos (a divisão parte de quem possui as maiores bancadas, como é o caso do MDB).

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