Nesta semana, o magistrado recebeu a investigação que corria contra Richa no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Agora, segundo despacho de Moro, caberá à Polícia Federal apurar os trechos em que o tucano foi citado por delatores da Odebrecht.
Tanto o ex-presidente do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, Benedito Júnior, quanto o ex-executivo da empreiteira na região Sul, Valter Lana, mencionaram terem feito doações via caixa 2 para a última campanha de Richa, em troca da licitação da PR-323, no noroeste do Paraná.
Segundo os delatores, a campanha de reeleição de Richa em 2014 recebeu pelo menos R$ 2,5 milhões em repasses não-contabilizados. Porém, há citações de colaborações financeiras também feitas ao tucano em 2008 e 2010.
Sem foro privilegiado desde que renunciou ao cargo para concorrer ao Senado, Richa nega qualquer irregularidade e, de acordo com a sua defesa, o caso deveria ficar a cargo exclusivamente da Justiça Eleitoral, e não à primeira instância – algo que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e Moro discordam.
Um componente extra contra o tucano foi publicado nesta semana pela revista IstoÉ. De acordo com a reportagem, o ex-chefe de gabinete de Richa, Deonilson Roldo, foi flagrado em um áudio tentando direcionar a licitação da citada rodovia, em favor da Odebrecht, em um projeto de R$ 7 bilhões que nunca saiu do papel.
Tanto Richa quanto o PSDB no Paraná negam qualquer ilegalidade, informando que todas as doações eleitorais foram declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
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