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Analista: prisão de Lula mostra que Exército assumiu papel-chave na política brasileira

© Foto / Tomaz Silva/Agência BrasilExército faz operação na favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro.
Exército faz operação na favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro. - Sputnik Brasil
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O argentino ganhador do Prêmio Nobel, Adolfo Pérez Esquivel, afirmou que Luiz Inácio Lula da Silva é um prisioneiro político e que está mantido na prisão totalmente asilado. Por vez, o cientista político Alejandro Frenkel, advertiu que a prisão de Lula mostra que os militares assumiram um papel-chave na política brasileira.

Adolfo Pérez Esquivel, ativista argentino de direitos humanos, disse que o ex-presidente do Brasil "foi privado do contato com a sociedade", referindo-se às severas condições de isolamento em que se encontra o prisioneiro. O argentino lidera a iniciativa internacional que tenta indicar o petista ao Prêmio Nobel da Paz.

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Além disso, Pérez Esquivel abordou a questão da Unasul e tentativas de enfraquecer a organização.

"Os Estados Unidos querem neutralizar qualquer autonomia ou possibilidade do continente latino-americano. Unasul é um espaço de reflexão e de apoio às democracias na região", disse o argentino citado pela Sputnik Mundo.

A Sputnik Mundo também falou com o cientista político Alejandro Frenkel, que sublinhou a crescente cooperação militar entre os EUA e os países da região, e o papel do Exército em geral.

"A agenda da segurança é uma prioridade para os EUA, sendo a América Latina seu círculo de segurança", afirmou.

Segundo Frenkel, que antes foi conselheiro na Unasul, sob o governo de Trump, o papel do Pentágono na política externa de Washington se aprofundou fazendo com que a estratégia norte-americana na região "tenha um pulso militar".

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O analista lembrou que, até agora na história não houve nenhuma intervenção direta dos EUA em nenhum país da América do Sul, mas destacou o que ocorreu recentemente no Brasil.

"O chefe do Exército ameaçou com uma intervenção se o Supremo Tribunal Federal não prendesse Lula. As Forças Armadas assumiram um papel fundamental na política brasileira", concluiu.

O ex-presidente está preso desde 7 de abril, cumprindo pena por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Anteriormente, Adolfo Pérez Esquivel pediu autorização e afirmou que vai indicar, em setembro, o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Prêmio Nobel da Paz. O ativista até pediu autorização para visitar o petista na prisão, mas esta foi negada pela juíza Carolina Lebbos, responsável pela custódia do ex-presidente.

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