Em entrevista ao jornal O Globo, Luna elogiou a gestão de Villas Bôas, e exaltou que trata-se de um militar "preocupado com os preceitos constitucionais", e que a mensagem postada por ele, na noite de terça-feira, não significa o uso da força.
"O general Villas Bôas tem mostrado coerência, é uma marca de sua gestão. Ele tem preocupação com preceitos constitucionais. E valoriza nossas bases, que são os anseios do povo, o legado em termos de valores para as gerações futuras. A mensagem é que a população pode ficar tranquila, pois as instituições estão aqui. Não é uma mensagem de uso da força. É o contrário", comentou o ministro interino.
Luna ainda garantiu que "não há reprovação dentro do governo" e que Villas Bôas "jamais faria algo diferente disso", referindo-se ao respeito à Constituição Federal de 1988.
Em sua mensagem, o comandante do Exército informou que os militares estariam atentos "às suas missões institucionais", e que compartilham "o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição".
Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais.
— General Villas Boas (@Gen_VillasBoas) 3 de abril de 2018
O tom do comentário gerou diversas reações. Dentro da caserna, Villas Bôas recebeu o apoio de vários generais. Fora dela, vários setores da sociedade interpretaram a fala como uma ameaça direta aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que julgam a partir das 14h desta quarta-feira o pedido de habeas corpus feito pela defesa de Lula.
Declarações do Comandante do Exército @Gen_VillasBoas são uma grave ameaça ao Estado Democrático de Direito. Leia aqui a nota pública da @anistiabrasil > https://t.co/fxJC92RY9K pic.twitter.com/0NKpWs4h2r
— Anistia Internacional 🕯 (@anistiabrasil) 4 de abril de 2018
A assessoria da Presidência da República informou que o presidente Michel Temer (MDB) não iria comentar a fala de Villas Bôas. No lugar disso, ele chamou o filósofo Denis Rosenfield para ser um consultor e um interlocutor junto às Forças Armadas, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
Já o Centro de Comunicação Social do Exército informou que a mensagem do general é sua opinião pessoal sobre a situação do país.
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