Em linhas gerais, o banco chinês compraria a dívida do Rio, permitindo ao governo municipal "alongar o prazo de pagamento da dívida e reduzir os juros cobrados pelos bancos federais brasileiros", refinanciando US$ 2 bilhões no curto prazo, informou o conselho da cidade em um comunicado.
As negociações se chegar a esse acordo foram iniciadas nesta segunda-feira em Pequim, na China, durante uma visita de Crivella à capital do país asiático.
Na reunião, o diretor-geral da CBD, Jin Tao, manifestou interesse em promover desenvolvimento e infraestrutura na chamada Cidade Maravilhosa, bem como o desenvolvimento de empresas chinesas que já operam na cidade, acrescentou o comunicado.
"Queremos facilidades para investir e um ambiente seguro para isso", disse Tao, que lembrou que o CDB já apoiou 46 projetos no Brasil, em diversas áreas, que somam US$ 55 bilhões. Ele enfatizou que agora o banco analisará detalhadamente a situação financeira do Rio e as garantias dadas para a operação pelo Banco Mundial e pelo governo brasileiro.
Durante sua visita à China, Crivella também se encontrou com a prefeita de Pequim, Chen Jining, com quem assinou acordos de cooperação em cultura, desenvolvimento sustentável, segurança, turismo e planejamento.
O CDB, fundado em 1994, é um dos principais bancos da China e nos últimos anos expandiu seus negócios na América Latina, especialmente em projetos de infraestrutura e desenvolvimento social na Argentina, Venezuela e Brasil.
Na mesma segunda-feira, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, assegurou que o Rio de Janeiro está "em um estado terminal" e que é necessário repensar planos estratégicos para melhorar a gestão de recursos públicos.
O Rio de Janeiro está em uma situação financeira difícil, devido à crise que afeta todo o país e, especificamente, à queda da coleção proveniente de royalties do petróleo.
A situação do município junta-se ao governo do Estado homônimo, que é ainda mais crítico: pouco mais de um ano após ter decretado o estado de "calamidade financeira", esta região do país depende das contribuições periódicas do governo central para manter a liquidez e lidar com pagamentos de servidores e fornecedores.
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