"A intervenção militar contrariando a Constituição não é a solução para o Brasil", afirmou Pujol, em evento promovido pela Associação Comercial de Porto Alegre (APCA), cujo tema central era o panorama atual e as perspectivas do Comando Militar do Sul e do Exército brasileiro.
De acordo com Pujol, a recente fala do general Antônio Hamilton Mourão, atual secretário de economia e finanças do Exército e a quem ele substituiu no Comando Militar do Sul em 2015, foi apenas uma resposta a uma pergunta, feita em uma palestra privada em Brasília, e não deve ser considerada como opinião majoritária na caserna.
"O que interessa é a posição da instituição Exército. O comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, está muito bem alinhado com as posições da força. O Exército brasileiro é o fiel da balança para a estabilidade da nação", destacou o general.
"Apesar de todas as turbulências as instituições estão funcionando de acordo com as regras existentes. Não estamos vivendo um estado de exceção […]. Vamos sempre defender os interesses da nação, mas não devemos nos manifestar politicamente", emendou.
O comandante militar sugeriu que a solução para a crise política "virá com a ação de todos os brasileiros, que são aqueles que podem trocar seus representantes no Executivo e Legislativo e mesmo no Judiciário", e que "temos que aprender a escolher nossos representantes".
"A maioria da população é formada de pessoas de bem e precisamos retomar nosso caminho para um Brasil melhor", comentou Pujol, pregando ainda que a população vá às ruas.
"Se vocês estão insatisfeitos, vão para a rua se manifestar, mostrar, ordeiramente. Mas não é para incendiar o País, não é isso. São vocês, somos nós que temos de decidir qual o país que queremos", concluiu.
No dia 15 de setembro, o general Mourão afirmou em uma palestra, em Brasília, que uma intervenção militar no Brasil seria possível, caso a crise política que o país atravessa não seja solucionada pelas próprias instituições.
"Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso", declarou Mourão, que depois minimizou o episódio, dizendo que falava por si e não pelo Exército.
O episódio foi superado "internamente" e não rendeu punição a Mourão, conforme informou o general Villas Bôas dias depois do ocorrido.
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