Essa não é a primeira vez que o escritor se vê em meio a uma confusão. Quando lançou “Divórcio”, em 2011, Lísias foi acusado de expor sua ex-mulher e diversas pessoas do meio jornalístico. Após o lançamento de “Delegado Tobias”, em 2015, a Polícia Federal também instaurou um inquérito contra o livro. O autor confessou que a ideia do livro do “Diário da Cadeia” é causar incômodo.
"Quando ele [Eduardo Cunha] diz que o livro o agride ou ofende, ele tem razão. É uma sátira política que analisa de maneira até violenta, sarcástica o atual contexto político. Mas isso é arte e não cabe censura. Sendo um romance, como foi dito desde o começo, não se aplica censura no caso. O artista é livre e escreve o que bem entende", confessa o escritor.
O livro traz não somente homônimos de Cunha, mas todos os personagens da atual crise. Isso inclui o atual presidente Michel Temer, a ex-presidente Dilma, Lula, Sérgio Moro e outras figurinhas conhecidas do noticiário político (e policial) brasileiro. Contudo, nenhum desses fez qualquer menção a processos como o movido pelo ex-manda-chuva do PMDB."Fizeram [a defesa de Cunha] um monte de coisas estranhíssimas, chegaram até a dizer que por ter 'diário' no título não era ficção […]. No fim eu queria mesmo era fazer um protesto ao descalabro que esse processo nos levou", conta Lísias.
Ricardo agora fica esperando pela decisão dos advogados de Cunha quanto a viabilidade de um recurso no Supremo. Para todos os efeitos, o livro continua sendo vendido e ele já planeja lançar uma nova obra sobre as delações premiadas. Já o Eduardo Cunha de verdade promete desde o ano passado, uma "obra bombástica" para expor os podres por trás da presidente Dilmar. À época, o ex-cacique da Câmara chegou a dizer que ficaria conhecido por derrubar dois presidentes do Brasil em menção ao colega de partido Michel Temer. A ver.
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