Em entrevista ao G1, o advogado Gustavo Guedes, que integra a defesa de Temer, afirmou que uma perícia contratada pelos defensores apontou pelo menos 70 “pontos de obscuridade” na gravação, feita em março pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, a qual motivou o inquérito.
Guedes disse ao site que o áudio já pode ser considerado “imprestável” e que o foco da defesa de Temer é comprovar nos autos a inocência completa do presidente.
Já a Procuradoria-Geral da República (PGR) ofereceu o pedido de investigação contra Temer por ver indícios de organização criminosa, corrupção passiva e obstrução de Justiça.
Na gravação, o presidente é suspeito de ter dado aval à compra do silênio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do operador Lúcio Funaro, que estão presos, e que estariam recebendo uma mesada de Batista, conforme revelou o empresário em sua delação premiada aos investigadores da Operação Lava Jato.
O advogado de Temer já informou a posição da defesa ao relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin.
Mais cedo, a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, havia suspendido o julgamento do pedido de suspensão do inquérito até que a Polícia Federal concluísse a análise da gravação, o que não tem prazo para ser concluído. O gravador usado para a captação da conversa será entregue pela defesa do dono da JBS nesta terça-feira.
O STF ainda não se pronunciou sobre o novo posicionamento da defesa de Temer.
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