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Em debate sobre a Rússia, Brasil é visto como pacificador de conflitos na Ucrânia e Síria

© Moreira Mariz/Agência SenadoComissão de Relações Exteriores (CRE) do Seando durante audiência sobre a situação da Rússia e seu papel na geopolítica mundial
Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Seando durante audiência sobre a situação da Rússia e seu papel na geopolítica mundial - Sputnik Brasil
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A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado discutiu no ciclo de debates "O Brasil e a ordem internacional: estender pontes ou erguer barreiras?" a situação da Rússia hoje e o seu papel na geopolítica mundial e o Brasil foi colocado como possível salvador da pátria em conflitos na Síria e Ucrânia.

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Durante a audiência pública que teve como tema "Sob o centro do czar: o papel da Rússia na geopolítica global", os palestrantes destacaram várias questões sobre a política externa do país, como por exemplo o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, onde os especialistas defenderam uma solução pacífica para o assunto.

A professora de economia da  Universidade de São Paulo (USP), Lenina Pomeranz, acredita que o Brasil pode ajudar a encontrar uma solução diplomática para o conflito.

"O Brasil pode ajudar no contexto das Nações Unidas, fazendo relações amistosas, procurando intervir nas negociações e tendo uma posição muito clara. Ninguém deseja que o conflito se acirre e que nós cheguemos a uma situação de guerra."

Os palestrantes analisaram também o fortalecimento da liderança de Putin e seu papel na condução da Rússia em eventos, como a guerra da Geórgia, em 2008, a anexação da Crimeia e o conflito com a Ucrânia, desde 2014, além da crise na Síria. Sobre a participação da Rússia na guerra da Síria, o professor  da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (Adesg), Gustavo Trompowsky Heck, destacou a influência militar direta do presidente Vladimir Putin, causando o recuo da organização Daesh no conflito.

"Ele (Putin) chegou e disse eu estou presente com o poder militar. Quando ele demostra claramente a sua presença na Síria, faz de uma forma absolutamente interessante. O recuo do Daesh na Síria e no Iraque se dá a partir do momento que a Rússia entra na chamada Guerra da Síria."

Já o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, senador Fernando Collor (PTC-AL), destacou na audiência a importância do Brasil não se isolar do resto do mundo e cada vez mais promover uma maior abertura, destacando a aprovação da nova Lei da Migração no Senado. "Acabou de ser votado aqui no Senado e no Congresso Nacional a Lei da Migração. Uma lei que reestrutura inteiramente a antiga lei dos estrangeiros e que vem lá do século passado e que mostra o país o Brasil como um país fraterno e amigo."

Ainda durante a audiência pública, os palestrantes também debateram a questão da dependência da União Europeia ao gás natural russo, e as implicações do relacionamento do presidente da Rússia, Vladimir Putin com o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os especialistas ainda defenderam uma maior aproximação dos grandes líderes ocidentais em relação à Rússia, defendendo a construção de uma cooperação internacional que respeite os interesses de todos os lados. No caso da Rússia, os participantes da audiência pública acham necessário o fim da manutenção de bases navais na regiões da Crimeia e na Síria.

 

 

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