Os delegados da Polícia Federal reclamam que a grande dificuldade é que por não haver a tipificação como crime da ação dos coiotes, pessoas que agem facilitando a entrada ilegal de pessoas nos Estados Unidos, a prática é muito difícil de ser combatida. Apenas três pessoas foram presas até agora, uma em Ji-Paraná e duas em Governador Valadares, em Minas Gerais.
A delegada e chefe da Divisão de Direitos Humanos da Polícia Federal, Diana Calazans alertou para os deputados sobre a necessidade da tipificação desse tipo de crime dos coiotes e ressaltou que as três pessoas presas envolvidas no desaparecimento dos brasileiros, só foi possível porque essas pessoas realizaram outros crimes, como falsificação e suborno.
"O simples fato do auxílio para imigração irregular, ele não é tipificado como crime e isso gera uma grande dificuldade para a Polícia, mesmo assim, nesse caso, como havia notícias de outros crimes relacionados foi instaurado o inquérito e a Polícia Federal fez um esforço concentrado para tentar resolver isso da forma mais rápida possível."
Durante a audiência, o presidente da Comissão, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) afirmou que um projeto de lei mais específico criminalizando a ação dos coiotes vai ser apresentando. Lopes explicou que a legislação atual foca apenas no patrimônio, mas quando diz respeito a defesa dos direitos humanos há muita burocracia. "É que de fato nós precisamos mudar a legislação. É uma vergonha o Brasil não criminalizar coiotes. O coiote vende um sonho, o sonho da América que, na verdade se transforma em pesadelo porque nós temos milhares presos nos EUA. De 2011 a 2016 calcula-se que 500 mil brasileiros entraram nos Estados Unidos ilegalmente."
Depois dos representantes da Polícia Federal, a Comissão Externa da Câmara vai ouvir os familiares das vítimas para verificar as dificuldades que estão passando para buscar informações sobre os parentes desaparecidos.
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