"A gente percebe que o arrocho à classe trabalhadora, às mulheres, à população LGBT e a negra está associado ao processo do golpe, que não só foi dado como está em curso, e a reforma da Previdência é um dos braços fortes dos interesses neoliberais desse atual governo não eleito, golpista, não nacionalista e entreguista", diz Príscila, observando que a manutenção dos protestos e mesmo o aumento das manifestações preocupam o governo e a base aliada.
"Se de alguma maneira não pudesse ameaçar, o conjunto de políticos golpistas desse país e entreguistas, que não tem nenhum compromisso com a nação brasileira, não investiria pesado nas mídias, principalmente na televisão que hoje é uma rede transmidiática que mantém, através das ideologias dominantes, valores impostos à maior parte da população, uma narrativa falsa sobre o que estamos passando nesse momento no país. A maior manifestação popular pode, sim, sinalizar claramente que a sociedade brasileira não está contente com esse processo", diz a ativista.

Cilda Sales, integrante do Movimento Mulheres em Luta (MML), filiado ao CSP Conlutas, era outra manifestante presente na Candelária e que se mostrava indignada com as propostas de reforma da Previdência e da legislação trabalhista defendidas pelo governo. Após lembrar a importância da paralisação internacional de mulheres e protestos ocorridos nesta quarta-feira em quase 60 países, Cilda observou que, além de injusta, as mudanças na Previdência vão impactar diretamente a vida das mulheres.
"Se passa essa reforma, vamos trabalhar igualmente como os homens até os 65 anos. Muitas professoras vão perder a aposentadoria especial de 25 anos, já que eles querem elevar para 30 anos a aposentadoria das professoras. Essa reforma da Previdência é cruel e nefasta para todo o povo brasileiro. Estamos aqui também para construir uma greve geral no próximo dia 15", garante Cilda.
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