Segundo o investigador Wallace Simonassi Borges, presidente do Sinpol-ES (Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil do Espírito Santo), os policiais civis do Estado farão assembleia em Vitória na sexta-feira, 17, para decidir se entram em greve.
"Pela Constituição Federal, nós, policiais, não podemos fazer greve, pois prestamos serviços essenciais à população", diz o investigador em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil. “Mas esta mesma população haverá de entender que os policiais vêm tendo todas as suas reivindicações negadas pelo Governo do Estado do Espírito Santo. Estamos há anos sem aumento salarial e com sobrecarga de trabalho. Como podemos prestar um trabalho eficiente à população em tais condições?"
De acordo com Wallace Simonassi, neste momento, os policiais civis do Espírito Santo são solidários e prestam apoio aos policiais militares e aos seus familiares. Mas, por enquanto e até a assembleia-geral da categoria na próxima semana, todas as atividades estão mantidas.
Wallace Simonassi também confirma o caos que se instalou em Vitória e na região metropolitana da capital capixaba, com a falta do patrulhamento ostensivo normalmente efetuado pela Polícia Militar:
"O comércio está sendo saqueado, os crimes se sucedem, e só até o início da tarde desta terça-feira, 7, foram contabilizados 75 homicídios. Além disso, o Instituto Médico Legal de Vitória e dos outros municípios da região metropolitana está com a sua capacidade de receber corpos esgotada. Há cadáveres inclusive pelo chão, já que as geladeiras estão totalmente ocupadas."
Para substituir a Polícia Militar, efetivos da Força Nacional de Segurança desembarcaram em Vitória na noite da segunda-feira, 6, e já hoje estavam nas ruas combatendo a criminalidade. Também na terça, começaram a chegar à capital capixaba os militares enviados pelo Ministério da Defesa. No total, mil militares foram designados para proteger da violência o Espírito Santo.
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