Assim foi a tarde do Rio de Janeiro em um dos maiores protestos do ano contra o governo estadual e o chamado "Pacote de maldades" que aumenta a parcela de contribuição da previdência a servidores estaduais, institui a criação de alíquotas extraordinárias, a suspensão de reajustes salariais e a privatização de estatais.
Presente no protesto, Ronaldo (que não forneceu sobrenome por medo de represálias da chefia) trabalha na Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) há 21 anos. Ele participava das manifestações contra a privatização da companhia, medida marcada para ir à votação dos deputados estaduais na próxima terça-feira (7).
"Não temos medo, mas estamos na luta por dignidade dos trabalhadores e também pelo fornecimento de água de qualidade a preço justo pela população. Se a Cedae for privatizada, as taxas vão aumentar, todo mundo vai pagar o pato por essa irresponsabilidade nas contas do nosso estado", disse o manifestante à Sputnik Brasil.
A entrevista, porém, teve de ser interrompida quando um policial ameaçou disparar balas de borracha na Reportagem e no manifestante que concedia a declaração. Uma bomba de gás lacrimogêneo foi disparada próximo ao local para dispersar a imprensa e os manifestantes.
Aos gritos, Ronaldo pedia aos policiais o direito de discordar. "O Governo do Estado não pode tirar o direito legítimo da sociedade civil de ser contra as medidas que toma. A Alerj está cercada de barreiras. Queremos representatividade".
Foto: Regina Risemberg/Reprodução
Reeleição
A Polícia formou um cordão de isolamento em torno da Casa legislativa, impedindo que os cerca de 2 mil manifestantes se aproximassem do local.
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