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Lideranças do PMDB defendem Cabral

© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilSérgio Cabral Filho
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A prisão do ex-governador Sérgio Cabral Filho durante operação Calicute, um desdobramento da Operação Lava Jato, foi minimizada por líderes do PMDB. Eles não acreditam que a prisão cause danos ao partido e defendem Cabral.

Antes de presidir sessão na Assembleia Legislativa do Rio, o presidente do PMDB/RJ, deputado Jorge Picciani (RJ) é um dos parlamentares que sai em defesa de Sérgio Cabral. Para Picciani, o ex-governador vai conseguir provar sua inocência.

"Decisão judicial não se discute. Ele terá a defesa dele. Eu acredito que ele provará sua inocência."

Em breve nota, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse que espera que tudo seja resolvido, e pediu que se garanta o amplo direito de defesa à Cabral. "Espero que tudo seja esclarecido, a partir da garantia do amplo direito de defesa."

O líder do PSOL e ex-candidato à Prefeitura do Rio, Marcelo Freixo, alertou que as denúncias sobre irregularidades na gestão de Sérgio Cabral, que cumpriu dois mandatos de 2007 a 2014, estão sendo feitas pela oposição desde 2010. Segundo Freixo, se as denúncias tivessem sortido efeito já naquela época, talvez o Rio não estivesse na atual crise financeira.

"A ação, por exemplo, envolvendo a ex-primeira dama Adriana Ancelmo no seu escritório de advocacia é uma denúncia que nós fizemos ao Ministério Público (MP) em 2010. A relação da Delta (empreiteira) com o Cabral e as isenções fiscais, nós também denunciamos em 2012. O Complexo do Maracanã, em 2013. São denúncias todas antigas que nós já fizemos e que agora geraram a prisão do ex-governador. Isso podia ter sido feito há muito tempo, talvez nós não estivéssemos em uma crise tão grande."

Sérgio Cabral com o cabelo raspado e usando uniforme da Secretaria de Administração Penitenciária - Sputnik Brasil
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Sérgio Cabral tem cabeça raspada e usa uniforme em presídio no Rio
Depois de ter sido preso nesta quinta-feira (17) na Operação conjunta da Polícia Federal, Ministério Público e Receita Federal, acusado de chefiar uma organização criminosa que recebia dinheiro de construtoras para fraudar licitações para a execução de grandes obras públicas no estado com recursos federais e por lavagem de dinheiro, Sérgio Cabral foi transferido para o complexo penitenciário de Bangu, onde teve seu cabelo raspado, está usando o uniforme da Seap – Secretaria de Administração Penitenciária do Rio e divide a cela de 9 metros quadrados, com outros cinco presos da Operação Calicute.

O presidente Nacional do PMDB, senador Romero Jucá, afirmou que o partido não vai ser afetado pela prisão de Cabral. Jucá também ressaltou a importância de dar ao ex-governador amplo direito de defesa e que os fatos devem ser investigados profundamente para que haja convicção e um julgamento na Justiça.

De acordo com os procuradores da Lava Jato do Rio e do Paraná, Sérgio Cabral recebia 'mesadas' das construtoras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia entre R$ 200 mil e R$ 500 mil.

Segundo os investigadores, o total desviado em propinas pode chegar a R$ 224 milhões e segundo a Receita Federal os lançamentos poderão alcançar R$ 450 milhões entre tributos e multas. As principais obras fraudadas foram a reforma do estádio do Maracanã, o Arco Metropolitano e o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento nas favelas.

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