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Brasil e Portugal embarcam em projeto de carros elétricos

© Tobias Schwartz / AFPCarro elétrico
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Apontada como tendência mundial, a produção de carros elétricos foi incluída como uma das prioridades de incentivo do governo brasileiro. No início do mês, Brasil e Portugal voltaram a assinar acordos de cooperação para desenvolver um núcleo de produção de veículos em Minas Gerais, o que vai envolver empresas e centros de pesquisa nos dois países.

A cooperação foi um dos temas abordados durante a 12ª Cimeira Portugal-Brasil, encontro entre países da língua portuguesa realizado em Brasília com a participação de oito países que compartilham o mesmo idioma. O primeiro-ministro português, António Costa, está estabelecendo contatos com empresas mineiras como a Companhia Elétrica de Minas Gerais (Cemig), represemtantes das montadoras e do Parque Tecnológico de Itaipu. Do lado lado português, está envolvido nesse esforço o Centro de Excelência e Inovação para a Indústria do Automóvel (Ceiia), que desenvolve projetos similares na Europa. A ideia é abrir um projeto-piloto com a construção de uma unidade para fabricação de carros elétricos em Belo Horizonte, que possa servir de base dentro do Mercosul.

Hoje, apenas a BMW oferece um modelo de carro elétrico, o i3, modelo de ponta, mas ainda considerado caro — o preço gira em torno de R$ 200 mil. Em termos de modelos híbridos, há algumas opções da própria BMW, Toyota e Ford. Renault, Nissan e Mitsubishi também estão em fase de testes de modelos. Os entusiastas de carros elétricos poderão ver as últimas tendências e projetos durante o Salão do Automóvel de São Paulo, que começa no próximo dia 10. Lá, marcas como Audi, Citroën, Ford, General Motors, Honda, Kia, Mercedes-Benz, Nissan, Renault, Toyota, Volkswagen e a americana Tesla vão exibir seus últimos modelos.

Na Europa, países como Alemanha e França já revisam prazos para continuidade de fabricação de veículos à combustão. Na Suécia, há uma proposta ainda mais radical: substituir inteiramente a frota por modelos elétricos até 2030. No Brasil, essa realidade ainda é mais distante, embora já comecem a surgir alguns incentivos por parte dos governos. Em São Paulo, por exemplo, a Prefeitura devolve sua parcela do IPVA. equivalente a 50% do imposto de modelos até R$ 150 mil. O Rio também tem estímulo semelhante. Nas duas cidades, porém, os descontos ainda não convenceram os consumidores.

No âmbito do lesgislativo, o Senado analisa duas propostas de incentivos para fabricação e venda de veículos híbridos. O primeiro projeto é o PLS 174, do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), que prevê isenção fiscal por 10 anos para carros elétricos a bateria e híbridos movidos a etanol, fabricados no Brasil. Outro projeto, o PLC 65, é do senador Jorge Viana (PT-AC), que obriga a instalação de pontos de recarga para carros elétricos em vias públicas e em ambientes residenciais e comerciais. Em ambos os casos, contudo, é necessário desenvolver baterias, máquinas de recarga e rede de distriuição, justamente os alvos do acordo de cooperação assinado entre Brasil e Portugal.

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