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Bangue-bangue: entre mortos e feridos, enfim chegamos às eleições

© ©José Cruz/Agência BrasilBrasil realiza domingo (2) as eleições municipais
Brasil realiza domingo (2) as eleições municipais - Sputnik Brasil
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Já são quase três dezenas de mortos e muitos feridos em vários Estados do país entre os candidatos a prefeitos e vereadores que disputam as eleições deste domingo, 2 de outubro. Qual a explicação para tanta violência?

As Forças Armadas serão capazes de manter a paz no processo eleitoral? O criador do Bope, Coronel Amêndola, responde a estas perguntas.

"Eu não tenho a menor dúvida: a forte presença dos militares nas ruas dará toda segurança e tranquilidade à população na eleição municipal deste domingo."

Força Nacional nas eleições - Sputnik Brasil
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Atentados: 25 mil militares farão a segurança nas eleições
A opinião é do comentarista de Segurança Pública Paulo César Amêndola.

Coronel da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, criador da unidade de elite da corporação, o Bope (Batalhão de Operações Especiais), e estruturador da Guarda Municipal do Rio de Janeiro na gestão do então Prefeito César Maia, Amêndola comentou para Sputnik o emprego (acertado, a seu ver) das Forças Armadas na segurança do pleito municipal, especialmente no Rio de Janeiro:

"A Polícia Civil e a Polícia Militar, que possuem efetivos pequenos, têm atribuições próprias e estão sobrecarregadas diante das dificuldades que enfrentam. Confiar somente a estas instituições a segurança da eleição não me parece uma medida muito acertada. O correto é adotar a providência que foi tomada: requerer ao Tribunal Superior Eleitoral a designação de força suplementar para garantir a segurança e a ordem. Foi exatamente o que o TSE fez ao solicitar ao Ministério da Defesa a utilização das Forças Armadas na segurança do pleito."

Segundo as autoridades estaduais e federais, já são contabilizados 28 mortos e muitos feridos entre os candidatos para as Prefeituras e Câmaras Municipais. Em razão desta violência, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, colocou à disposição do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ministro Gilmar Mendes, 25 mil militares distribuídos por 408 municípios de 14 Estados.

Na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde a situação é muito grave, a violência contra os candidatos é explicada por Paulo César Amêndola: "Infelizmente, a região metropolitana do Rio de Janeiro [Rio, Niterói, São Gonçalo e Baixada Fluminense, entre outros municípios] está dominada por milícias e organizações criminosas que lutam pela hegemonia no tráfico de drogas. Isto potencializa a violência e leva estas organizações a agir entre si, o que pode explicar os atentados contra vários candidatos."

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