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Descendentes árabes no Brasil entregam ajuda humanitária a Assad

© Karam Al-Masri/AFPSiria ajuda
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Em meio aos mais ferozes combates dos últimos meses, envolvendo tropas sírias, grupos rebeldes e militantes do Daesh em várias localidades da Síria, um grupo de brasileiros descendentes de árabes desembarcou em Damasco, na semana passada, para levar ao governo sírio doação de sete ambulâncias e 150 cadeiras de rodas.

A ajuda foi rateada entre descendentes sírios e libaneses no Brasil e o envio foi realizado pela Federação das Entidades Americano-Árabes no Brasil e nas Américas. A delegação, encabeça pelo presidente da federação, Aziz Jarjour, foi recebida pelo presidente Bashar Assad. Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, Jarjour conta suas impressões tanto de um país em guerra há cinco anos e do encontro com o presidente.

Jarjour diz que a Federação das Entidades Americano-Árabes no Brasil e nas Américas representa quase 20 milhões de árabes descendentes nas Américas, um povo que, segundo ele, saiu sem praticamente nada e foi muito bem acolhido na região, mas que se sente comprometido com o povo de sua terra natal. 

"Isso fez com que nos motivasse a buscar formas de poder ajudar, comprando as ambulâncias e as cadeiras de rodas. Esperamos que outras entidades da nossa federação se mobilizem para fazer esse mesmo gesto, que é natural dos brasileiros, muito solidários. Como parte integrante dos Brics, precisamos ocupar nosso espaço nessa questão global de uma forma responsável."

Apesar do conflito, Jarjour diz que a Síria tem um situação tranquila do ponto de vista operacional, com pessoas na rua, o comércio extremamente ativo e uma vida normal na capital Damasco. 

"Claro, é um país em guerra e existem check points e, por uma questão de segurança do próprio povo, existe uma supervisão muito próxima das autoridades."

O presidente da federação observa que há uma leitura equivocada das pessoas em relação à guerra na Síria.

"O que se vê na realidade não são pessoas sírias combatendo. O que existe lá são chacais, mercenários de mais de 80 nacionalidades representando objetivos que não são os específicos dessa guer ra e que representam outros interesses. O governo sírio não está lutando contra grupos internos, não existem sírios lutando contra sírios, existem sírios lutando contra estrangeiros. As batalhas lá ocorrem contra pessoas de 80 nacionalidades."

Com relação ao encontro da delegação de 14 pessoas com o presidente sírio, Jarjour confessa que ficou positivamente surpreendido.

"Ele (Assad) é uma pessoa extremamente ponderada, gentil, muito seguro, de uma atitude extremamente elegante, calmo, um estadista, uma pessoa que está ciente da responsabilidade que tem e lutando pela sua pátria, por seu povo. Eu não esperava encontrar uma pessoa assim tão aberta, tão espontânea nas perguntas e respostas."

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