O levantamento mostrou igualmente, que, no mesmo período, enquanto houve queda de 27% nas taxas de mortalidade de brancos por esta causa, houve aumento de 9,9% nas de negros.
Conforme o estudo, no ano de 2003, em números absolutos foram 13.224 homicídios por armas de fogo que vitimaram pessoas brancas, e, em 2014, esse número caiu para 9.766. Em contrapartida, o número de vítimas negras passou de 20.291 para 29.813. Entre os brancos a taxa de mortos a cada 100 mil habitantes caiu de 14,5 para 10,6 e entre os negros saltou de 24,9 para 27,4.
O estudo aponta ainda que, historicamente, as mortes por armas de fogo são concentradas entre jovens de 15 a 29 anos, e que 94,4% dos brasileiros mortos por armas de fogo são homens.
O Mapa da Violência compõe desde 1998 uma série de estudos feitos pelo pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz, tendo como temática a violência no Brasil. Waiselfisz é vinculado à Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).Para o vice-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio Lima, entrevistado pela Agência Brasil, a questão racial no Brasil precisa ser encarada de frente.
“Temos um problema racial grave que permite que negros sejam mais mortos que brancos, o estado precisa mostrar que não há racismo fazendo com que o risco da população seja pequeno e seja igual para todos os segmentos, cores/raças” – diz o especialista.
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