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Dilma denuncia complô para barrar a Lava-Jato e faz apelo aos senadores

© Roberto Stuckert Filho/PRDilma Rousseff
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Em seu depoimento por escrito lido hoje (6) pelo advogado-geral da União José Eduardo Cardozo na Comissão do Impeachment do Senado, a presidenta afastada Dilma Rousseff disse ser vítima de um complô de “várias forças políticas” que tentam barrar as investigações da Lava-Jato.

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Segundo Dilma, a abertura do processo de impeachment pelo presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), deixou claro que “várias forças políticas viam e continuam a ver a [sua] postura de não intervir ou de não obstar as investigações realizadas pela operação Lava Jato como algo que colocava em risco setores da classe política brasileira”.

Lembrando a conversa vazada entre o senador Romero Jucá (PMDB) e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que resultou na saída de Jucá do Ministério do Planejamento, a presidenta afastada fez a seguinte declaração:

“Como disse um dos líderes mais importantes do governo interino, o senador Romero Jucá, era preciso me destituir da Presidência da República para que, enfim, fosse possível um acordo que esvaziasse as operações policiais contra a corrupção e fosse estancada a 'sangria' resultante dessas investigações. Várias outras declarações de integrantes do grupo que apoia ou está hoje no governo confirmaram esta revelação: era preciso me derrubar para ter uma chance de escapar da ação da Justiça”, citou.

Dilma ressaltou ainda que não cometeu nenhum crime de responsabilidade e fez um apelo à consciência histórica dos senadores para que o Brasil não tenha que passar por mais uma ruptura democrática.

“Peço que reflitam, com absoluta isenção, sobre a história do nosso país e sobre o que representará para a nossa jovem democracia a cassação de um mandato presidencial realizada nestas circunstâncias e por estes motivos. Manifesto minha sincera confiança na compreensão das senadoras e dos senadores que, mesmo sendo de oposição ao meu governo, estejam abertos a considerar meus argumentos. Espero que muitos estejam dispostos a agir com isenção. Basta que se analise este processo para que se saiba que não cometi as irregularidades que são atribuídas a mim. As provas são evidentes e demonstram cabalmente que agi de boa-fé, pelo bem do país e do nosso povo – e sempre dentro da lei.”

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