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Especialista: Novo presidente do Banco Central vai precisar de muito apoio do Congresso

ENTREVISTA COM MAURO ROCHLIN 2 DE 08-06-16
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Por 56 votos contra 13, o Senado Federal aprovou na terça-feira, 7, a indicação de Ilan Goldfajn, economista-chefe do grupo Itaú-Unibanco, para a Presidência do Banco Central, em substituição a Alexandre Tombini. O economista Mauro Rochlin comenta para Sputnik Brasil os desafios do novo presidente do BC.

Em sua fala aos senadores, Ilan Goldfajn disse que pretende trabalhar com base no tripé macroeconômico.

Mauro Rochlin explica: “Trata-se de uma política econômica implantada no Governo Fernando Henrique Cardoso e que possui três premissas: manutenção de uma taxa de câmbio flutuante (ou seja, sem intervenção do Governo no mercado de câmbio), política monetária orientada pelo regime de metas de inflação e uma política fiscal que combina superávit primário com a redução da dívida pública.”

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De acordo com o Professor Rochlin, o economista Ilan Goldfajn começa bem ao anunciar suas propostas à frente do Banco Central. Mas, para implantá-las, precisará de apoio político:

“Não podemos esquecer que o Brasil está vivendo um momento de incertezas políticas e que a execução bem-sucedida de uma política econômica necessitará de um forte amparo no Congresso Nacional. Em outras palavras: para que o Brasil retome o caminho do crescimento, é indispensável que o Congresso apoie as medidas de reformas políticas e de Estado, de modo que o país inicie seu processo de recuperação econômica.”

Na avaliação de Mauro Rochlin, o país reencontrará seu crescimento em médio prazo:

“O Dr. Ilan Goldfajn trabalha com a expectativa de uma inflação de 4,5% não para já, mas para daqui a algum tempo, talvez uns dois anos. Primeiro, o Brasil precisa superar um período de ajustes para só depois se reencontrar com o seu desejado nível de crescimento. Talvez vejamos o início desta recuperação somente a partir do quarto trimestre, mas, efetivamente, devemos contar com ela somente a partir de 2017.”

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