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Menos um embaixador latino-americano em Brasília – Itamaraty continua calado

© AFP 2023 / EVARISTO SA / Acessar o banco de imagensJosé Serra, chanceler do governo provisório Temer
José Serra, chanceler do governo provisório Temer - Sputnik Brasil
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Mais um líder sul-americano decidiu chamar seu representante em Brasília para consultas, depois das notas pouco delicadas do Itamaraty, redigidas pelo próprio José Serra, novo chanceler brasileiro. A medida sinaliza o agravamento da crise diplomática, que o governo interino de Temer teve já na primeira semana no poder.

Foi anunciada ontem (18) a decisão do presidente equatoriano, Rafael Correa, de convocar o chefe da missão diplomática do país andino no Brasil de volta a Quito. Este já foi o terceiro embaixador estrangeiro a deixar a capital federal depois da canhoneada diplomática que o novo titular da pasta do Itamaraty, José Serra, redigiu pessoalmente, causando constrangimento nas relações entre o Brasil e os demais países da América Latina.

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O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores equatoriano em entrevista coletiva com jornalistas estrangeiros. O chanceler se pronunciou ainda a favor da realização de uma reunião de alto nível da Unasul sobre a situação no Brasil, devido ao papel positivo da organização em anos precedentes em cenários de crise em países como Bolívia, Equador, Paraguai, Colômbia e Venezuela.

“Eu acredito que a Unasul está destinada a exercer um papel. Está fazendo isso na Venezuela e está convocada a fazer o mesmo no Brasil", destacou.

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Poucas horas depois de MRE emitir, na sexta-feira 13, as notas oficiais, acusando Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua, assim como a Aliança Bolivariana dos Povos de Nossa América/Tratado de Comércio dos Povos (ALBA/TCP) de “propagar falsidades”, e questionando a compatibilidade do secretário-geral da UNASUL, Ernesto Samper, “às funções que exerce”, o primeiro líder da região, Nicolás Maduro, revogou o chefe da missão venezuelana à Caracas em represália ao que chamou da “dolorosa página na história do Brasil”, seguido pelo salvadorenho Sanchez Cerén, que anunciou na noite de sábado (14) a suspensão dos contatos oficiais entre os países.

A reação dura do Itamaraty foi produzida em resposta às preocupações de vários governos da América Latina de que o distúrbio político no Brasil pode causar consequências profundas em toda a região, assim como ao apoio dado a Dilma Rousseff, "legítima depositária do mandato popular expresso nas últimas eleições democráticas”, por líderes destes países.

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