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Senadores de várias tendências propõem eleição presidencial ainda este ano

ENTREVISTA COM RANDOLFE RODRIGUES, COM PAULO PAIM E COM GLEISI HOFFMANN
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Senadores do PT, PMDB, PSB, REDE, PDT, PSD, PCdoB e PT encaminharam uma carta a Dilma Rousseff, através do Ministro Jaques Wagner, em que propõem à presidente renunciar, abrindo mão de parte do seu mandato, e convocar uma eleição presidencial extraordinária, coincidindo com as eleições municipais de 2 de outubro deste ano.

Para isso, seria necessário que o Poder Executivo encaminhasse uma Proposta de Emenda Constitucional ao Legislativo e solicitasse urgência na tramitação desta PEC.

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Senadores pedirão apoio de Dilma para novas eleições
Na opinião dos senadores, a eleição presidencial extraordinária acalmaria os ânimos políticos no país, que estão muito tensos com a tramitação do processo de impeachment da Presidente da República no Senado Federal.

A Rádio Sputnik Brasil conversou com dois destes senadores que subscreveram a carta. Randolfe Rodrigues (REDE-AP) disse que “esta proposta é uma grande oportunidade para a Presidente Dilma Rousseff sair pela porta da frente do Palácio do Planalto e é a única alternativa fiável e exequível para a Presidente da República resolver a crise política no país. Não é uma alternativa para a crise política deixar o país nas mãos do Vice-Presidente Michel Temer que participou e levou o país à situação de crise em que estamos hoje. Inclusive o seu partido, PMDB, tem boa parte dos seus membros, inclusive os Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, implicados na Operação Lava-Jato.”

Já o Senador Paulo Paim (PT-RS) entende que o país trabalha com dois cenários políticos: “Primeiro cenário: o impeachment da Presidente Dilma Rousseff deverá passar e seis meses depois, o próprio Michel Temer poderá ser afastado pelo mesmo motivo. Segundo cenário: Digamos que seis meses depois de instaurado o processo de impeachment de Dilma Rousseff ela seja afastada de vez do comando político do país e Michel Temer assume a Chefia do Governo e do Estado. Ora, as últimas pesquisas dizem que Michel Temer tem, apenas, 8% de aprovação popular. Dizem também que 65% da população não querem Dilma nem Temer à frente do governo do Brasil. Então, qual é a nossa proposta para o bem do país? Primeiro, convoca-se um plebiscito para que a população diga se aceita ou não participar de uma eleição presidencial extraordinária. Em aceitando a proposta, a população obriga a Presidente a deixar o cargo e convocar o pleito. Em seguida, escolhe-se um novo responsável pelo destino do país que ficará no cargo até 31 de dezembro de 2018, já que a eleição presidencial daquele ano fica mantida pela nossa proposta.”

A Rádio Sputnik também ouviu a ex-Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidente Dilma Rousseff, a hoje Senadora, Gleisi Hoffmann (PT-PR). A Senadora não subscreveu esta carta encaminhada à Presidente da República mas está convicta de que, dificilmente, ela concordará com os seus termos:

Senado do Brasil - Sputnik Brasil
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Senadores propõem eleição em 2016 para mandato-tampão
“Pelo que conheço da Presidente Dilma Rousseff, ela é uma mulher bastante determinada que não cogita e jamais cogitou da palavra renúncia. Simplesmente, esta palavra não é utilizada por ela. Não conversei com a Presidente sobre esta carta nem sei sua posição a respeito. Sei, no entanto, que todos nós estamos acompanhando a situação política no país, de modo a reunir elementos para propor uma saída eficaz para a crise política que está dominando o Brasil. Até porque alçar o Vice-Presidente à condição de Presidente não é garantia alguma de que o país atingirá, imediatamente, alguma melhora em sua situação política e econômica, conforme ele mesmo vem pregando. Então, nós dependemos, primeiramente, da solução que virá do Senado sobre a situação de impeachment da Presidente Dilma Rousseff. Mas entendo que, se a Presidente decidir acatar a sugestão dos Senadores, ela poderá perfeitamente encaminhar a Proposta de Emenda Constitucional ao Congresso, convocando a eleição presidencial extraordinária e informando que abrirá mão de parte do seu mandato, sem necessariamente renunciar a ele.”

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