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Ministério da Educação quer trazer de volta para escola jovens que abandonaram os estudos

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Para tentar dar um freio na crescente evasão escolar no país, o Ministério da Educação (MEC) vai montar uma força-tarefa a partir de abril com o objetivo de resgatar 1,6 milhão de jovens de 15 a 17 anos de idade que abandonaram os estudos durante o andamento do ano letivo.

Durante a apresentação do Censo Escolar 2015, o Ministro Aloizio Mercadante disse que como a maior concentração desses jovens está na área urbana das grandes cidades, a ideia é contar com uma mobilização interministerial, e o apoio também de governadores e prefeitos para conseguir chegar nas casas desses estudantes.

“Nós vamos chamar as equipes da Saúde da Família, as equipes de Saúde na Escola, as equipes da Assistência Social nesses municípios. Vamos conversar com todas as secretarias de educação, diretores de escola, para tentar montar uma força-tarefa para visitar essas famílias e buscar apresentar uma série de possibilidades para que esses jovens voltem para a escola”.

Uma das iniciativas do MEC para convencer os alunos é o investimento no ensino técnico profissional. Conforme dados do Censo Escolar 2015, atualmente existem 1,9 milhão de estudantes matriculados na educação profissional. Mercadante acredita que a Educação de Jovens e Adultos (EJA) na área do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego e o Pronatec a distância podem ser uma alternativa para aumentar o interesse dos jovens que estão fora da escola.

Outra medida estudada pelo Ministério da Educação é aumentar o período das aulas no Ensino Médio de 4 para 5 horas por dia, com mudanças no currículo que o tornem mais atraente para os alunos. Segundo o ministro, os estudantes com mais de 18 anos que ainda não terminaram o ensino médio vão ter mais uma oportunidade de conseguir o certificado, além das provas do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). Está previsto ainda para 2016 a criação de um exame específico para esses jovens e adultos, que será realizado duas vezes ao ano.

“Como você está selecionando um jovem para medicina, engenharia, é muito mais sofisticada a prova, muito mais difícil. Ela não é feita só para cuidar desse jovem. Então, nós vamos fazer um exame específico para os jovens do Ensino Médio se certificarem. Vão ter duas chances no ano, e, com o Pronatec EJA, quer dizer, ele vai fazer um ensino técnico e concluir a sua formação, o que é muito mais interessante”.

Ainda conforme os dados do Censo Escolar 2015, sobre o número de matrículas na educação infantil, o levantamento mostrou que o segmento de quatro a cinco anos de idade na escola era de 5,5 milhões em 2014. Na faixa etária adequada à pré-escola, essas crianças representam 90% da população, o que, de acordo com o ministro, mostra que o governo está muito próximo de atingir a meta.

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A meta 1 do Plano Nacional de Educação (PNE) prevê a universalização, até 2016, da educação infantil na pré-escola para crianças de quatro a cinco anos de idade, e a ampliação da oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até três anos até o final da vigência do plano, em 2024.

Hoje, no Brasil, segundo o Censo, existem 62,5 mil creches, onde 76,3% estão na zona urbana, 59,2% são municipais e 40,7% são privadas, o que representa a maior participação da iniciativa privada em toda a educação básica. Nos últimos cinco anos, as matrículas em creche cresceram 47,4% e já atendem a 3 milhões de crianças.

Mesmo com os avanços, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que 3 milhões de jovens entre quatro e 17 anos estão fora da escola na idade correspondente. Para minimizar a situação, o Ministério da Educação fechou no início de março um acordo com o Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas da União e os tribunais de contas dos estados e municípios para monitorar a utilização dos recursos públicos que são aplicados na área da educação. A ideia é a de que o acompanhamento permita uma análise qualitativa do gasto na educação, ajudando os gestores a melhor distribuir os recursos para a área.

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