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Chico, Caetano e Gil convocados à praça pública para defender a democracia (de novo)

© AFP 2023 / LUIS GENEChico Buarque de Hollanda, artista brasileiro
Chico Buarque de Hollanda, artista brasileiro - Sputnik Brasil
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Após a polêmica com o ator e diretor Cláudio Botelho, que julgou apropriado chamar a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula de “ladrões” no mesmo palco em que homenageava a obra de Chico Buarque, um grande apelo surgiu nas redes sociais para que o cantor apareça em praça pública no Rio de Janeiro, ao lado de Caetano e Gil, em defesa da democracia.

"É 2016, mas estamos em 1964. Há um golpe em marcha agalopada no Brasil com os mesmos atores: Rede Globo, Fiesp, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade e toda a turba enfurecida fascista nas ruas com sua caça às bruxas. São os mesmos, "e as aparências não enganam não". Mas também nossos ídolos são os mesmos", diz a descrição do evento peticionário no Facebook, que na manhã desta segunda-feira (21) já tinha quase 14 mil interessados.  

Até o momento, a Sputnik ainda não obteve retorno da assessoria de imprensa de Chico Buarque nem dos organizadores da proposta sobre a viabilidade do evento, que a princípio seria realizado na Praça XV do Rio no próximo dia 31 de março, véspera do aniversário de 52 anos do golpe militar de 1964.

"Chico Buarque, Caetano Veloso e GIlberto Gil! Os três já se posicionaram contra o golpe de 2016. Esse manifesto é um desespero, um pedido que surge do fundo da esperança e das gargantas de um povo que sofre, não dorme e espera o alvorecer de que tudo seja passado para trás! Pedimos a ajuda daqueles que tanto lutaram contra a ditadura de 1964 que nos ajudem agora, mais uma vez, nesta batalha. Que se unam, os três, para puxar todos os outros que virão num ato simbólico! Vamos fazer nosso 1984 antes de 1964!", conclama a petição.

Na noite de sábado (19), o espetáculo “Todos os musicais de Chico Buarque em 90 minutos”, realizado em Belo Horizonte, foi interrompido após o ator e diretor Cláudio Botelho ter improvisado uma fala em que sugeria a prisão do ex-presidente Lula e em que chamava a presidenta Dilma de “ladra”, segundo testemunhas da plateia ouvidas pelo jornal Estado de Minas.

O momento em que o musical foi interrompido from Luiz Carlos Azenha on Vimeo.

O público reagiu com vaias e gritos de “Não vai ter golpe!” e “Viva, Chico!”, retirando-se em seguida do teatro em sinal de protesto. Botelho esbravejou contra o público, comparando a situação com a época da ditadura, e disse ter se sentido "censurado" em entrevista no domingo (22) ao jornal O Globo.

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Como se pode ouvir em um áudio vazado pela Mídia Ninja, durante uma acalorada discussão particular entre Botelho e a atriz Soraya Ravenle nos bastidores do palco, após o ocorrido, o diretor afirma, aos gritos, que “um ator que está em cena é um rei” e “não pode ser peitado por um nego [sic], por um filho da puta que está na plateia”. 

Após a polêmica, a assessoria de Chico informou que o artista não comentaria o assunto, mas reagiu com “espanto e muito desagrado à postura do ator e diretor Cláudio Botelho” e não autorizaria mais o uso de suas canções no espetáculo musical nem em qualquer produção futura. 


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