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Governo reativa Conselhão na tentativa de retomar crescimento

REPORTAGEM CONSELHÃO E
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Após um ano e meio de paralisação, o governo federal reativou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão. A iniciativa tem como objetivo receber sugestões de representantes de vários segmentos do país para reativar a economia brasileira.

O Conselhão, presidido pela chefe de Estado, Dilma Rousseff, foi criado em 2003, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a função de assessorar o governo na formulação de políticas públicas e de reformas estruturais que impactam nos rumos do país.

A primeira reunião do ano do Conselhão, que teve como tema de debate “Os caminhos para o desenvolvimento brasileiro”, foi marcada pela posse de seus novos 92 integrantes, uma renovação de 70%, sendo 47 empresários e 45 representantes da sociedade civil e das centrais sindicais, que vão fazer parte do grupo pelos próximos dois anos.

O Ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, foi quem abriu o encontro, dizendo que o Conselho é um instrumento democrático usado também por outros países, e ressaltando que é a partir do confronto de ideias que surgem as soluções. Segundo ele, “ampliar o diálogo com a sociedade é uma das principais metas do governo neste ano, e a reativação do Conselhão representa a união da sociedade em torno de um objetivo comum: o crescimento e a prosperidade do país”. O ministro ainda explicou que a nova composição do órgão foi feita privilegiando a diversidade.

Para o Presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, um dos conselheiros a tomar posse, reunir novamente o Conselhão foi uma medida acertada por parte do governo, pois vai ajudar a buscar soluções alternativas para o crescimento do país.

“Eu creio que foi uma decisão muito acertada. É um espaço que a presidenta tem para que ela possa conversar com a sociedade civil. Os diversos segmentos da sociedade estão reunidos aqui, são mais de 90 pessoas, além dos personagens do governo, que poderão trocar informações e opiniões, e acima de tudo buscar caminhos alternativos. Nós sabemos que neste momento de crise mundial, que reflete muito no Brasil, um Conselho como este, que pode apresentar alternativas e ajudar a consolidar uma série de quesitos e informações para que possamos sair imediatamente desa crise, seria muito bom”.

O presidente da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Luis Moan, também destacou a importância da participação da sociedade no Conselho, ressaltando a oportunidade da reabertura de diálogo para que se coloquem rapidamente em prática ações que permitam a retomada da produção de todos os setores econômicos do Brasil.

“Eu acho que é fundamental que a sociedade possa participar e gerar ideias, e, evidentemente, sendo aceitas as ideias que forem pró Brasil, nós vamos apoiar fortemente a adoção dessas medidas. O que nós queremos buscar é o diálogo, esse é o principal objetivo, a reabertura do diálogo. Sabemos que temos uma série de reformas estruturais a serem feitas e que essas reformas demoram um tempo, mas achamos que também cabem medidas emergenciais, que não firam o ajuste fiscal e que possam ajudar as indústrias, as empresas e os vários segmentos econômicos”.

O presidente da Cut – Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, disse que nenhum lado sozinho resolve os problemas do país, e que vê o Conselho como um espaço importante para apresentar propostas para melhorar o Brasil.

“Eu só imagino o Conselho como um espaço daqueles que fazem parte dele, para terem boas ideias para solucionar os problemas que o Brasil tem, como a crise financeira e econômica. O Coselho é um bom espaço para debatermos ideias. A minha proposta é ajudar a Presidenta a achar soluções para o Brasil. Nós temos propostas na área econômica. Nós achamos que temos que ter o fomento do mercado interno, o barateamento do crédito, a baixa da taxa de juros. Precisamos ter instrumentos de financiamentos para que se aumente o consumo”.

Também discursaram durante o encontro o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, que propôs para os novos conselheiros a criação de um limite legal para o crescimento do gasto público e o estabelecimento de uma margem fiscal legal para acomodar flutuações de receita, e o ministro do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, que enfatizou que "o comércio exterior é um fator muito importante para a recuperação da atividade econômica do Brasil".

Já a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, falou sobre a importância do agronegócio para a o crescimento da economia brasileira.

A presidenta Dilma Rousseff, encerrando a reunião, disse esperar que os membros do Conselhão tragam mais sugestões para recolocar o Brasil na rota do crescimento.

“Conto com vocês para fazer a travessia ao porto seguro da retomada do desenvolvimento e da geração de oportunidades para todos”, disse ela, acrescentando que “não há tema interditado ao diálogo e à construção de convergências, se o que nos impulsiona é conduzir o Brasil a uma nova etapa de desenvolvimento".

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