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Exército vai ajudar na guerra ao mosquito da dengue e do zika

REPORTAGEM EXERCITO X ZIKA 2 DE 02 12 15 E
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O Exército Brasileiro está treinando tropas para participar de ações de combate contra o mosquito Aedes Aegypti, identificando focos do inseto transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus, responsável por desencadear a microcefalia, má formação do crânio dos fetos na gestação.

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A atuação dos militares vai começar por Pernambuco, que está em estado de emergência por sua maior incidência de casos suspeitos de microcefalia. Pernambuco registra 646 dos 1.248 casos suspeitos da doença, identificados em 311 municípios de 13 Estados e no Distrito Federal, um aumento de quase 70% em relação à semana passada. O Estado da Paraíba é o segundo com maior índice de microcefalia, registrando 248 casos.

De acordo com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, o Exército vai participar com um efetivo de 25 mil homens e mulheres, reforçando as ações de agentes de saúde de alguns municípios no combate ao mosquito, mas a maior ajudar tem que vir da sociedade em combater os focos dentro de casa.

“Nós vamos ter um encaminhamento, e aí o Exército vai participar, e na medida em que for necessária a distribuição do seu efetivo pelas cidades, nós vamos fazer isso”, afirma o ministro. “Os militares vão ficar até que a gente possa debelar o máximo possível essa curva ascendente. Nós temos aí por volta de 45 a 60 dias para fazer um trabalho efetivo, mas eu volto a dizer o seguinte: não haverá força militar suficiente se não houver o envolvimento de todos. Acho que esse é o grande apelo do Governo do Estado, do Governo Federal, dos municípios, mas da sociedade de uma maneira geral. É o envolvimento de toda a população que vai conseguir combater, porque é dentro da casa que está o local onde o mosquito coloca seus ovos.”

Segundo o comandante do Exército no Nordeste, General Manoel Pafiadache, inicialmente cerca de 250 militares foram treinados e estão prontos para o combate ao mosquito em Pernambuco.

“Nós já temos um efetivo em torno de 250 homens, que recentemente fizeram uma capacitação e atuação no Município de Recife, junto com a Secretaria Municipal de Saúde”, conta o General Pafiadache. “Parece que esses homens já podem o mais rápido possível entrar em ação para dar uma resposta imediata ao problema. Entretanto, nós vamos junto com as Secretarias Estadual e Municipal de Saúde fazer um planejamento para atuar aqui na área e em outras regiões do Estado de Pernambuco, com alguns municípios que já estão com foco sensivelmente preocupante.”

No que diz respeito à expansão dos casos de microcefalia, provocados pelo vírus zika, por ser uma situação inédita não só no Brasil mas em todo o resto do mundo, o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis, do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, explicou que os Estados Unidos e a Europa já estão acompanhando os casos e vão ajudar o Brasil.

“Solicitamos o apoio internacional na investigação e no conhecimento da doença que era inédita no continente americano. Prontamente esses organismos puseram a notícia nos seus sítios de internet e ofereceram apoio de especialistas do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos. Dois deles virão a Recife para conhecer de perto a situação. O Centro de Controle de Doenças europeu também divulgou em seus sítios o que está acontecendo aqui. O texto foi compartilhado por nós, informando a situação brasileira, que é uma situação inédita na saúde pública mundial e já serve de alerta para o mundo todo, uma vez que o vírus está de expandindo.”

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A Organização Mundial de Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde também emitiram um alerta epidemiológico mundial, com recomendações aos seus nove países-membros – Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai, Suriname e Venezuela –, para que estabeleçam medidas de diagnóstico e acompanhamento de casos do vírus zika.

As organizações também recomendam no comunicado conjunto que os países reforcem a vigilância de síndromes neurológicas e anomalias congênitas e que também reforcem o cuidado pré-natal às gestantes e aos recém-nascidos nas regiões onde o vírus está circulando.

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