Por cerca de 5 minutos, a presidenta respondeu a questões ligadas à sua carreira, à vida política, à crise econômica no Brasil e às ameaças de impeachment. A entrevista foi gravada no dia 25 de setembro, quando Dilma Rousseff esteve em Nova York para a Assembleia-Geral da ONU.
Dilma afirmou que é preciso ter cuidado com a questão do impeachment, porque pode colocar a democracia brasileira em risco.
“Nós temos que ter muito cuidado com essa questão, por conta do seguinte: ainda temos uma democracia, eu diria, na adolescência”, afirmou a presidenta. “Eu não acredito que isso ocorra, justamente pelo fato de que não há nenhum fato contra o meu governo, a minha administração. As pessoas que foram presas não estavam no meu governo. Até agora não há uma acusação contra mim, e isso é conhecido no Brasil, e é esse o problema”.
A Presidenta Dilma lamentou que os conflitos da disputa eleitoral do ano passado persistem com a mesma intensidade após sua vitória. Ela ressaltou que “o grande problema com aqueles que querem o meu impeachment é a falta de motivação”.
Ao falar sobre a crise econômica brasileira, ao ser questionada se a grave crise atual indica que o Brasil desperdiçou a oportunidade de ouro que surgiu quando o contexto internacional era mais favorável, com o boom das commodities, Dilma discordou do jornalista:
“Não perdemos essa oportunidade. O maior valor que nós conquistamos nesse período foi transformar o Brasil numa economia de classe média com um grande mercado consumidor”, disse a presidenta.
Dilma fez questão de citar ainda que nos últimos 10 anos 36 milhões de brasileiros saíram da pobreza e 40 milhões ascenderam à classe média.
A presidenta encerrou afirmando que, apesar de ser uma “experiência dolorosa”, a crise econômica deve ser utilizada para avançar as reformas da previdência e fiscal, e reiterou seu compromisso em realizar tais reformas, pois, segundo Dilma Rousseff, elas vão ser decisivas para o próximo ciclo de crescimento do país.
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