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Agência Fitch rebaixa nota do Brasil, mas ainda mantém grau de investimento

REPORTAGEM BRASIL NOTA 2 DE 15 10 15
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O Brasil teve a nota de crédito rebaixada nesta quinta-feira, 15, por mais uma agência de classificação de risco. Desta vez foi a Fitch Ratings, que passou a classificação de BBB para BBB-.

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Depois da Standard & Poor’s, que passou o Brasil à classificação de BB+ (categoria de especulação, baixa classificação), a Moody’s (nota Baa3) e a Fitch mantiveram o chamado grau de investimento, que é o selo de país bom pagador de sua dívida. Com isso, porém, o Brasil está a apenas um degrau do nível especulativo, que representa um país mais arriscado para o investimento.

Segundo a Fitch, a decisão pelo rebaixamento da nota de crédito brasileira ocorreu como consequência das dificuldades de aprovação do ajuste fiscal e do desequilíbrio das contas públicas, com o crescimento da dívida e a falta de perspectiva de que esse cenário econômico atual de crise tenha uma solução em curto prazo.

O diretor da Fitch Ratings no Brasil, Rafael Guedes, durante participação em um evento na Câmara Americana de Comércio, em São Paulo, insistiu em que há uma perspectiva negativa de incerteza política no país, que atrasa a recuperação da retomada de investimentos e do crescimento do Brasil, aumentando assim os riscos para a consolidação de um orçamento a médio prazo, que garanta a estabilização da dívida.

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Se não houver esse reequilíbrio, segundo Rafael Guedes, a retirada do grau de investimento do Brasil poderá acontecer em até dois anos, período em que normalmente há uma revisão da nota de um país. Ele alerta que isso pode ocorrer bem antes desse prazo.

“O que nós indicamos como uma perspectiva é que haverá decisão em até dois anos, mas isso tudo vai depender muito do desenvolvimento político das medidas no Congresso, de como o Governo vai conseguir se organizar e organizar suas coisas.”

Por causa do quadro de crise no país, a Fitch ainda prevê que a recessão no Brasil vai ser mais profunda e mais longa do que os especialistas estimavam. A agência projeta que o déficit do Governo chegue perto de 9% do PIB em 2015, que a economia brasileira vai contrair-se 3% em 2015 e 1% em 2016. A expectativa da Fitch é de que somente em 2017 a economia brasileira terá crescimento, e mesmo assim de forma modesta.

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