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Campanha criativa combate pedofilia no Brasil

© YouTube / BandeirasBrancas / Acessar o banco de imagensCena do curta "A Última Pesquisa"
Cena do curta A Última Pesquisa - Sputnik Brasil
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Em entrevista à Rádio Sputnik nesta sexta-feira, o coordenador da ONG Bandeiras Brancas, Brunno Barbosa, conversou com o jornalista Arnaldo Risemberg sobre a campanha “A Última Pesquisa”, realizada por sua organização para conscientizar as pessoas e combater a pedofilia, ajudando a identificar e aconselhar pedófilos de todo o Brasil.

Premiada internacionalmente, a campanha, iniciada há mais de um ano, teve como ponto de partida a publicação de uma falsa notícia sobre uma menina de 12 anos que havia posado nua para uma revista russa local com o objetivo de arrecadar dinheiro para ir à Disney. A matéria, divulgada no site de humor “Sensacionalista”, continha um link para as supostas fotos da menor. Mas, quando o internauta clicava no link, recebia um aviso com Faceconnect perguntando se ele era maior de 18 anos, e, logo em seguida, era redirecionado para uma página que mostrava uma foto do seu rosto atrás das grades com os dizeres “Cuidado. Ser voyeur de criança também é crime. Não alimente essa indústria criminosa”. 

Nessa fase inicial, onde eram colhidos alguns dados básicos do usuário, foi possível contabilizar cerca de 60 mil pessoas, em apenas uma semana.  Segundo Brunno, esses usuários iniciais, de idades variadas, incluindo muitos idosos e mulheres, eram, em sua maioria, curiosos, que não representavam o principal alvo da campanha, os verdadeiros pedófilos. Esses foram descobertos apenas na segunda fase da campanha.

Com a grande quantidade de cliques que atraíram para a matéria, os organizadores da “Última Pesquisa” conseguiram ranquear a falsa notícia sobre a jovem nua que queria ir à Disney no primeiro lugar das buscas do Google pelos termos “garota nua”. Com isso, a atenção dos ativistas foi direcionada para aqueles internautas que procuram especificamente fotos e vídeos de pornografia infantil. E, nesse momento, o perfil do público mudou significativamente. 

Em pouco mais de um mês, Brunno e seus amigos receberam mais de 7 mil acessos vindos da procura no Google, basicamente de homens de 20 a 55 anos. Após uma triagem, muitos tiveram suas informações armazenadas em um banco de dados e depois foram contatados através de um perfil criado no Facebook, e então aconselhados a buscar ajuda para o seu possível distúrbio. 

Embora a maioria não tenha sequer respondido às mensagens, muitos casos (cerca de 1.600) acabaram tendo consequências positivas, com pedófilos de fato ou potenciais se submetendo a tratamentos profissionais e aprendendo a lidar com o seu problema.

A criativa campanha da ONG Bandeiras Brancas foi transformada recentemente em um pequeno filme de sete minutos, que explica detalhes do trabalho do grupo e alerta para a necessidade de identificar e tratar corretamente os desvios sexuais que levam alguns adultos a sentir atração por crianças. 

 

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