Europa tem de aumentar esforços contra China, diz ministro do Japão

© REUTERS / Kiyoshi OtaNobuo Kishi, ministro da Defesa do Japão, fala à mídia na base naval dos EUA em Yokosuka, prefeitura de Kanagawa, Japão, 6 de setembro de 2021
Nobuo Kishi, ministro da Defesa do Japão, fala à mídia na base naval dos EUA em Yokosuka, prefeitura de Kanagawa, Japão, 6 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 20.09.2021
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Nobuo Kishi, ministro da Defesa, exortou os países europeus a aumentarem suas atividades de dissuasão contra a expansão da China, que "está fortalecendo rapidamente seu poder militar".
A Europa deve falar contra a "agressão da China" e fortalecer métodos de dissuasão contra Pequim, disse Nobuo Kishi, ministro da Defesa do Japão, em entrevista publicada na segunda-feira (20) no jornal The Guardian.
Segundo ele, o país asiático está "tentando usar seu poder para mudar unilateralmente o status quo nos mares do Leste e do Sul da China", cruciais para a navegação global, e que incluem águas e ilhas reivindicadas por vários outros países.
Como exemplo, referiu um aumento drástico de "incursões" de navios chineses em áreas disputadas por Pequim e Tóquio desde 2012, incluindo uma estadia recorde de 157 dias consecutivos anteriormente em 2021 junto das Ilhas Senkaku, ou Ilhas Diaoyutai, como são referidas na China, um território disputado pelos dois países. Kishi também mencionou a presença de sete navios da Guarda Costeira chinesa patrulhando o local em 30 de agosto.
"A China está fortalecendo seu poder militar tanto em termos de quantidade como de qualidade, e melhorando rapidamente sua capacidade operacional", disse ele.
O ministro da Defesa japonês instou o Reino Unido, a França, a Alemanha e os Países Baixos a falar "sobre a situação, e isto em si se tornará um dissuasor", e "que é relevante para a Europa".
"A China está fortalecendo rapidamente seu poder militar, e o equilíbrio militar entre a China e Taiwan está em geral mudando em favor da China, com a diferença aumentando a cada ano", disse Nishi.
"É possível que a situação se intensifique ainda mais e, portanto, deve ser mantida uma vigilância apertada", sugeriu o chanceler do Japão.

Tensões na Ásia

Na quarta-feira (15) os EUA, Reino Unido e a Austrália assinaram um contrato de fornecimento de submarinos movidos a energia nuclear, cujo objetivo subjacente tem sido referido como sendo contrariar a China.
Os EUA e alguns países europeus têm realizado frequentes passagens de navios militares, incluindo pelo estreito de Taiwan, e manobras no leste da Ásia. Apesar de Taipé, um aliado de Washington, afirmar ser independente, Pequim declara que o território faz parte de Uma Só China, sendo apenas uma questão de tempo até se reunificar com o continente. Taiwan, por sua vez, tem aumentado compras militares dos EUA e recebido crescente reconhecimento diplomático por alguns países ocidentais nos últimos anos.
Além disso, o Diálogo de Segurança Quadrilateral, ou Quad, como é frequentemente referido, que abarca a Austrália, EUA, Índia e Japão, tem realizado frequente cooperação militar, especialmente desde 2017, com o objetivo implícito de conter as atividades da China. Durante esta semana, Yoshihide Suga, primeiro-ministro do Japão, viajará a Washington, EUA, para participar de uma cúpula do Quad com os participantes da aliança.
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