China: saída dos EUA do Afeganistão mostra que intervenções militares estão condenadas a fracasso

© REUTERS / XINHUAO conselheiro de Estado chinês e ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, encontra-se com o mulá Abdul Ghani Baradar, chefe político do Talibã no Afeganistão, em Tianjin, China, em 28 de julho de 2021
O conselheiro de Estado chinês e ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, encontra-se com o mulá Abdul Ghani Baradar, chefe político do Talibã no Afeganistão, em Tianjin, China, em 28 de julho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 31.08.2021
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O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que a retirada das tropas americanas do solo afegão demonstra que as intervenções militares, bem como a política de imposição de valores alheios, estão condenadas ao fracasso.

"A retirada das tropas dos EUA do Afeganistão indica que a intervenção militar arbitrária em outros países, bem como a política de imposição de seus próprios valores e sistema social a outros Estados, estão condenadas ao fracasso", disse o diplomata chinês Wang Wenbin durante um briefing.

Em 30 de agosto, o diplomata referiu que a comunidade internacional deve respeitar a soberania e integridade territorial do Afeganistão.

© AFP 2023 / Ng Han GuanO porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, gesticula durante reunião em Pequim, China. Foto de arquivo
China: saída dos EUA do Afeganistão mostra que intervenções militares estão condenadas a fracasso - Sputnik Brasil, 1920, 31.08.2021
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, gesticula durante reunião em Pequim, China. Foto de arquivo

Na semana passada, o Ministério do Comércio da China anunciou que Pequim está pronta para cooperar com a comunidade mundial para facilitar a reconstrução pacífica do país da Ásia Central. O porta-voz do ministério ressaltou que o comércio entre a China e o Afeganistão totalizou US$ 550 milhões (R$ 2,85 bilhões) em 2020. Durante a primeira metade deste ano, o comércio aumentou em 44% para US$ 310 milhões (R$ 1,6 bilhão), conforme os dados da pasta.

Após a tomada do poder pelo Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) em 15 de agosto, o presidente chinês Xi Jinping e o presidente russo Vladimir Putin discutiram a situação no Afeganistão. Ambos os presidentes ressaltaram a importância de priorizar "alcançar a paz o mais rápido possível" no país e não deixar a "instabilidade se disseminar" aos Estados vizinhos.

Além disso, o chanceler da China Wang Yi disse, durante uma ligação telefônica com o secretário de Estado americano Antony Blinken em 17 de agosto, que Pequim está disposta a cooperar com os Estados Unidos no Afeganistão para prevenir uma guerra civil e para impedir que o país se torne um terreno fértil para o terrorismo.

Na segunda-feira (30), Washington anunciou a retirada completa das tropas do país e o fim da missão lá por quase 20 anos. O aeroporto de Cabul está agora sob o controle total do Talibã.

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