Japão poderia defender Taiwan se Pequim tomar medidas, diz ex-oficial de Segurança dos EUA

© REUTERS / Ann WangGuarda de honra da Marinha de Taiwan com bandeira taiwanesa em fundo, 13 de abril de 2021
Guarda de honra da Marinha de Taiwan com bandeira taiwanesa em fundo, 13 de abril de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 04.06.2021
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Tóquio se apresentaria militarmente para defender Taiwan caso Pequim se movesse para tomar a ilha pela força, disse o ex-vice-assessor de Segurança Nacional dos EUA, Matt Pottinger.

Tais declarações foram ouvidas em um painel de discussão na terça-feira (1º) com outros altos funcionários do antigo governo de Trump (2017-2021), informa o jornal South China Morning Post.

Pottinger, considerado um dos principais arquitetos das políticas de linha dura do governo de Trump na China, disse que o Japão sugeriu pela primeira vez uma aliança quadrilateral com os EUA, Índia e Austrália, agora conhecida como Quad, como estratégia de defesa contra a China. De igual modo, também rejeitou as afirmações de que o antigo governo estreitou os laços com o Japão e outros aliados na região.

"Alguns dos principais pilares de nossa estratégia na região no Indo-Pacífico foram ideias que pegamos emprestadas do Japão, [posteriormente] adaptadas, compartilhadas e colaboradas com o mesmo", disse Pottinger, citado pela mídia.

O ex-oficial acrescentou que "há um ditado nas Forças Armadas japonesas: 'A defesa de Taiwan é a defesa do Japão'. E eu acho que o Japão agirá de acordo com isso".

Os comentários do ex-vice-assessor de Segurança Nacional dos EUA na reunião on-line, organizada pela Fundação Nixon na Califórnia, EUA, chegam em meio a uma série de manobras de aviões de guerra chineses na zona de identificação de defesa aérea do sudoeste de Taiwan.

© REUTERS / Agência de Notícias CentralEmissários de Biden chegam a Taipé, Taiwan, 14 de abril de 2021
Japão poderia defender Taiwan se Pequim tomar medidas, diz ex-oficial de Segurança dos EUA - Sputnik Brasil, 1920, 04.06.2021
Emissários de Biden chegam a Taipé, Taiwan, 14 de abril de 2021

Nessa reunião virtual, o presidente dos EUA, Joe Biden, o primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, e o primeiro-ministro australiano Scott Morrison, discutiram ações de "agressão" e "coerção" contra membros do grupo conduzidas pela China, e emitiram um comunicado apelando à região para se "ancorar aos valores democráticos" e que a liberdade de navegação e sobrevoo sejam objetivos principais.

O ex-secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e o ex-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Robert O'Brien, mostraram apoio ao jeito de como a administração Biden está lidando com a situação no Indo-Pacífico.

"As sondagens iniciais da administração Biden são muito positivas quando se trata do Quad e do fortalecimento das relações [com os membros do grupo] [...]. Espero que continue assim e desejo-lhe sorte nessa frente, pois é um grupo muito poderoso", declarou O'Brien, citado pelo jornal South China Morning Post.

Em defesa da política externa da administração Trump, Pottinger criticou, de maneira genérica, a mídia por perpetuar um "mito de que de alguma forma a administração Trump havia prejudicado gravemente nossas alianças na região Indo-Pacífico".

© AP Photo / Eugene HoshikoPrimeiro Ministro japonês (direita), Yoshihide Suga, e o comandante do Comando Indo-Pacífico das Forças Armadas dos EUA (esquerda), Philip Davidson, posam em frente das bandeiras de seus países
Japão poderia defender Taiwan se Pequim tomar medidas, diz ex-oficial de Segurança dos EUA - Sputnik Brasil, 1920, 04.06.2021
Primeiro Ministro japonês (direita), Yoshihide Suga, e o comandante do Comando Indo-Pacífico das Forças Armadas dos EUA (esquerda), Philip Davidson, posam em frente das bandeiras de seus países

No entanto, é importante lembrar que em 2019, Trump insistiu que a Coreia do Sul e o Japão quadruplicassem seus pagamentos por destacamentos militares dos EUA em seus países para cerca de US$ 5 bilhões (cerca de R$ 25,2 bilhões) e US$ 8 bilhões (aproximadamente R$ 40,3 bilhões), respectivamente.

A repercussão das demandas tornou-se evidente quando uma delegação dos EUA em Seul interrompeu as conversações sobre divisão dos custos depois que o governo sul-coreano se recusou a aceitar as demandas de Trump.
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