China apela para investigação após declaração de Biden sobre vazamento da COVID-19 de laboratório

© REUTERS / Thomas PeterAgente da Saúde aguarda paciente para administrar vacina contra a COVID-19 em Pequim, China, 15 de abril de 2021
Agente da Saúde aguarda paciente para administrar vacina contra a COVID-19 em Pequim, China, 15 de abril de 2021  - Sputnik Brasil, 1920, 27.05.2021
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Nesta quinta-feira (27), a Embaixada da China nos Estados Unidos apelou para uma investigação completa sobre a COVID-19 e condenou a politização do assunto, após a declaração de Joe Biden que não excluiu a possibilidade do vírus ter vazado de laboratório chinês.

A Embaixada da China em Washington condenou a tentativa de apontar Pequim como culpada pelo "vazamento da COVID-19 de laboratório em Wuhan", segundo o comunicado da missão diplomática em resposta à declaração do presidente norte-americano, Joe Biden, o qual não excluiu esta ser a versão da origem do coronavírus.

"Ultimamente, algumas pessoas jogaram um truque velho da propaganda política sobre a origem da COVID-19 no mundo. A campanha de difamação e troca de culpa estão voltando, e a teoria de conspiração de 'vazamento de laboratório' está ressurgindo", disse a embaixada no comunicado.

A China lembrou que "a lição do ano passado ainda está fresca na memória", destacando a necessidade de cooperação em meio à pandemia atual. O país apelou para cooperação internacional baseada nos fatos e na ciência para poder lidar com a pandemia.

"A lição do ano passado ainda está fresca em nossa memória. Enquanto a pandemia ainda causa grandes danos no mundo atual e a comunidade internacional espera uma maior coordenação entre os países, algumas pessoas estão recorrendo ao seu antigo manual. Nós não podemos deixar de perguntar: já esqueceram dessa lição amarga, tão cedo? Ou querem ver uma repetição de tragédias?", segundo o comunicado da embaixada chinesa.

"A politização do rastreamento da origem, que é uma questão de ciência, não apenas fará mais difícil a procura da origem do vírus, mas também dará rédea solta ao 'vírus político' e dificultará seriamente a cooperação internacional sobre a pandemia", declarou o governo chinês através do comunicado.

A Embaixada da China nos EUA revelou que Pequim apoia uma investigação completa de todos os primeiros casos positivos do coronavírus em todo o mundo, e que tal investigação "deve chegar ao fundo do assunto para deixar tudo claro".

Investigação dos EUA

Anteriormente, na quarta-feira (26), o presidente Joe Biden ordenou aos serviços de inteligência dos EUA para intensificarem seus esforços para estudar a origem do coronavírus, adicionando que continuará pressionando a participação da China na investigação completa, segundo o comunicado da Casa Branca.

"Pedi agora à comunidade de inteligência que redobrasse seus esforços para coletar e analisar informação que pode nos levar a uma conclusão definitiva e me informar em 90 dias", disse Biden.

Biden informou que em março a comunidade de inteligência norte-americana foi encarregada de preparar um relatório sobre origem da COVID-19, "incluindo se o vírus resultou do contato humano com um animal infectado ou de um acidente em laboratório".

Em março de 2021, um relatório da OMS compilado em colaboração com autoridades chinesas insistiu que é "extremamente improvável" que o coronavírus tenha escapado de um laboratório chinês de pesquisa em Wuhan. No entanto, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, solicitou a continuidade da investigação sobre o vazamento do coronavírus a partir do laboratório.

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