China cobra posição dos EUA sobre tensão Israel-Palestina e oferece Pequim para sediar diálogo

© Sputnik / Ministério das Relações Exteriores da RússiaEm Guilin, na China, o chanceler chinês, Wang Yi, participa de coletiva de imprensa após encontro com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, em 23 de março de 2021
Em Guilin, na China, o chanceler chinês, Wang Yi, participa de coletiva de imprensa após encontro com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, em 23 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 16.05.2021
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Neste domingo (16), o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, deu diversas declarações sobre a escalada do conflito entre Israel e Palestina, propondo intermédio para o diálogo entre os países e condenando a violência contra civis.

As declarações foram realizadas durante reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as tensões entre Israel e Palestina.

"A China intensificará os esforços para promover negociações de paz e cumprir seriamente nosso dever como presidente do Conselho", disse o chanceler chinês, reiterando uma oferta de receber os lados na China para dialogar.

Wang Yi acrescentou que os Estados Unidos devem assumir uma posição justa em relação ao conflito, uma vez que não houve uma declaração conjunta do Conselho de Segurança da ONU devido a uma objeção de Washington.

© AP Photo / Debbie HillO então vice-presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, apertam as mãos no gabinete do primeiro-ministro em Jerusalém, em 9 de março de 2016 (foto de arquivo)
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O então vice-presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, apertam as mãos no gabinete do primeiro-ministro em Jerusalém, em 9 de março de 2016 (foto de arquivo)

No início da semana, a organização enfrentou obstáculos ao tentar produzir uma declaração conjunta à imprensa condenando as hostilidades. A iniciativa, porém, esbarrou em um veto norte-americano. O chanceler chinês lamentou o fato.

"Pedimos aos Estados Unidos que mostrem suas devidas responsabilidades, assumindo uma posição justa e que, junto com a maioria da comunidade internacional, apoiem o Conselho de Segurança para aliviar a situação, reconstruir a confiança e avançar em acordos políticos", continuou o ministro.

Na sexta-feira (14), a porta-voz da chancelaria chinesa, Hua Chunying, já havia emitido críticas contra Washington, afirmando que os EUA ignoram o sofrimento palestino enquanto dizem defender os direitos humanos. 

A declaração veio após os EUA bloquearem a reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a questão Israel-Palestina marcada para a sexta-feira (14), mas que acabou sendo realizada neste domingo (16).

China condena a violência e faz apelo ao diálogo

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, também pediu neste domingo (16) que Israel facilite o acesso à assistência humanitária na Faixa de Gaza e pare com a demolição de casas e prédios palestinos.

"Instamos Israel [...] a garantir a segurança e os direitos dos civis no território palestino ocupado e a facilitar o acesso à assistência humanitária", disse, acrescentando que o lado palestino também deve trabalhar para evitar mortes de civis e reverter a escalada do confronto.
© REUTERS / IBRAHEEM ABU MUSTAFAChamas e fumaça sobem durante ataques aéreos israelenses em meio a uma explosão de violência israelense-palestina, no sul da Faixa de Gaza em 11 de maio de 2021
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Chamas e fumaça sobem durante ataques aéreos israelenses em meio a uma explosão de violência israelense-palestina, no sul da Faixa de Gaza em 11 de maio de 2021

O chanceler chinês ainda condenou a violência na Faixa de Gaza e propôs que Israel e Palestina se comprometessem com um cessar-fogo.

"A China condena veementemente a violência contra civis e mais uma vez insta as partes no conflito a cessarem imediatamente as ações militares e hostilidades", apontou.

Os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza já deixaram quase 200 mortos. Já do lado israelense, dez mortes foram registradas. As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmam que foram lançados mais de 3.000 foguetes contra o território israelense e apontam que mais de 1.500 alvos do Hamas foram atingidos em resposta.

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