Jeppe Kofod, chanceler dinamarquês, afirmou estar preparando uma nova política externa e estratégia de segurança "com base em valores", denunciando como "deploráveis" as recentes sanções impostas pela China contra a União Europeia (UE), reporta a agência Reuters.
"Precisamos permanecer mais firmes, responder mais rápido e com mais força quando valores universais, como os direitos humanos e a liberdade de expressão, estão sob pressão", declarou Kofod na Cúpula para a Democracia em Copenhagen (CDS, na sigla em inglês), citado pela mídia.
Contrariamente às principais potências ocidentais, as relações entre a China e a Dinamarca eram relativamente boas nos últimos anos. No entanto, recentemente, o governo dinamarquês foi duramente criticado pelo seu Parlamento, que o acusou de ser bastante passivo ante a interferência do gigante asiático em Hong Kong.
A Embaixada da China na Dinamarca criticou os acontecimentos de segunda-feira (10), mas advertiu que as atividades "anti-China conduzidas por forças estrangeiras e separatistas", que promovem a independência de Taiwan e Hong Kong, estão "fadadas ao fracasso", segundo referido pela Reuters.
É sabido que, além de Hong Kong, Pequim considera Taiwan como parte de seu território, e qualquer interferência vinda do exterior, nomeadamente dos EUA e seus aliados, é vista como grave desrespeito à soberania chinesa e seus assuntos internos.