Pequim avisa Aliança Cinco Olhos que uma China 'irritada' poderia ser 'difícil de lidar'

© AFP 2023 / Nicolas Asfouri Soldados chineses na praça Tiananmen, em Pequim, China, 5 de março de 2021
Soldados chineses na praça Tiananmen, em Pequim, China, 5 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 24.03.2021
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O Ministério das Relações Exteriores da China apelou aos países-membros da Aliança Cinco Olhos para entrar no século XXI e parar de considerar Pequim uma Dinastia Qing, após acusações sucessivas de abusos chineses de direitos humanos.

Discursando em um briefing para imprensa nesta quarta-feira (24), a porta-voz do MRE chinês, Hua Chunying, instou que as nações da Aliança Cinco Olhos (Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos) parassem de interferir nos assuntos internos da China.

Para Hua, os países-membros da Aliança Cinco Olhos precisam se mover para o século XXI e perceber que a China contemporânea é muito diferente da Dinastia Qing. A diplomata comparou os Cinco Olhos com a Aliança das Oito Nações, que invadiu e saqueou o norte da China em 1900.

"A China de agora não é a China de 120 anos atrás. O povo chinês não é irritável, mas se for irritado, será difícil de lidar", apontou a porta-voz da chancelaria chinesa.

Questionando a legitimidade de estas nações punirem a China por alegados abusos de direitos humanos, a diplomata afirmou que "as Nações Unidas têm mais de 190 Estados-membros. Vários aliados tais como a Aliança Cinco Olhos não podem representar a comunidade internacional", adicionando também que houve "pouco" suporte ao criticismo contra China.

"Basta olhar para o mapa-múndi e você saberá que a China tem amigos em todo o mundo. Com o que devemos nos preocupar?", indagou a diplomata chinesa.

Os comentários da porta-voz chinesa surgiram depois de muitas nações ocidentais terem criticado o histórico de direitos humanos da China e aplicado sanções a oficiais chineses envolvidos em alegados abusos de direitos humanos na região de Xinjiang. Na terça-feira (23), a Austrália e a Nova Zelândia saudaram em declaração mútua a decisão dos EUA, UE, Canadá e Reino Unido de impor sanções a oficiais chineses.

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