A China está planejando lançar um satélite para monitorar as rotas marítimas do Ártico, dizem seus desenvolvedores, enquanto Pequim continua a aumentar seus interesses na região polar.
De acordo com informações do South China Morning Post, a sonda será usada para observar mudanças no gelo do mar, um indicador chave do aquecimento global e um contribuinte para a poluição do ar na China.

O satélite seria colocado em uma órbita sincronizada com o sol a uma altitude de 720 km, permitindo fornecer imagens de alta qualidade das rotas marítimas e das condições do gelo do mar Ártico em tempo quase real.
As imagens coletadas serão disponibilizadas para a comunidade de pesquisa internacional, disse Cheng, que também lidera a primeira rede de constelações de satélites de observação polar da China, que visa reduzir a dependência do país em dados coletados por nações ocidentais.
"Comparado com satélites semelhantes, ele é capaz de revisitar a maior parte do Ártico a cada dois dias e será capaz de observar com um nível de precisão e frequência superior aos satélites polares existentes", disse o pesquisador.

Antes, a Rota Marítima do Norte era considerada inviável, sendo preciso muito tempo para a percorrer, mesmo com a ajuda de quebra-gelos. Porém, nos últimos 30 anos, devido às alterações climáticas, a situação mudou, com o gelo sendo reduzido gradualmente nesta região.
A China é o maior investidor estrangeiro no desenvolvimento de gás natural liquefeito da Rússia na região. Os investidores chineses, a maioria empresas estatais, tornaram-se cada vez mais ativos no Ártico diante da política da "Rota da Seda Polar", que faz parte da iniciativa chinesa do Cinturão e da Rota da Seda, um dos principais planos do presidente Xi Jinping para impulsionar o comércio chinês na Ásia, África e Europa.
A China estabeleceu um acordo de livre comércio com a Islândia em 2013, e está negociando um acordo semelhante com a Noruega.
As empresas chinesas estão envolvidas em vários projetos de alto perfil na região ártica, incluindo um túnel ferroviário ligando a capital finlandesa de Helsinque à capital da Estônia, Tallinn.

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